A Oi (OIBR3) informou na noite desta sexta-feira (7) que fechou um acordo de exclusividade com as operadoras Claro, Telefônica Brasil (VIVT4) e da Tim (TIMP3) para a compra da operação de telefonia celular.
Conforme fato relevante, o acordo tem como objetivo a negociação exclusiva com as proponentes da oferta vinculante revisada, apresentada conjuntamente pelas empresas. O consórcio de operadoras enviou em meados de julho uma oferta de pelos ativos móveis da Oi.
A companhia em recuperação judicial ainda comunicou que o novo compromisso possui vigência até o dia 11 de agosto deste ano e será renovado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, salvo se houver manifestação em contrário por qualquer uma das partes.
Na prática, isso significa que o consórcio de operadoras e a Oi seguirão negociando os termos financeiros e operacionais da proposta com caráter preferencial.
“O acordo visa garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes e permitir que, sendo satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as partes, a Oi tenha condições de pré-qualificar as proponentes, na condição de “stalking horse”, para participarem do processo competitivo de alienação da UPIAtivos Móveis, garantindo assimo direito de cobrir (“right to top”) outras propostas recebidas no referido processo”, informou a Oi.
Oi encerra exclusividade de negociação com a Highline
O anúncio ocorre apenas dois depois da operadora brasileira encerrar as negociações com a Highline, controlada pela empresa norte-americana de private equity Digital Colony.
A Oi havia fechado no dia 22 de julho um acordo de exclusividade para a venda dos ativos de telefonia celular com a Highlin, quando a empresa havia oferecido “a melhor oferta vinculante, acima do preço mínimo estabelecido”.
De acordo com uma fonte consultada pela agência “Reuters”, a Oi tentou levar adiante as conversas exclusivas de negociação, porém decidiu parar depois que a companhia não apresentou melhores condições em sua oferta pela unidade móvel da tele.
Entretanto, as operadoras locais não largaram a mão dos disputados ativos móveis da Oi e elevaram a oferta. O novo movimento parece ter desanimado a Highline, que preferiu não renovar a acordo preferencial e teria deixado de lado as negociações, deixando o caminho aberto para as concorrentes saírem na frente nas negociações.