A Oi (OIBR3) informou, na noite da última quarta-feira (22), que fechou um acordo de exclusividade com a Highline do Brasil, pois a empresa apresentou “a melhor oferta vinculante, acima do preço mínimo estabelecido”, para a compra a operação móvel da companhia. As informações foram reveladas por meio de um fato relevante.
Conforme os termos estabelecidos no processo de recuperação judicial da Oi, instaurado em junho de 2016, a operação móvel da companhia possui o valor mínimo de R$ 15 bilhões para ser alienada. Em todo caso, o valor total da proposta da Highline não foi revelado.
Segundo a empresa, dessa forma, a Highline terá exclusividade para, observados os termos e condições estabelecidos na proposta vinculante apresentada, negociar os documentos relativos à oferta. O acordo de exclusividade possui vigência inicial até o dia 3 de agosto, podendo ser prorrogado.
Assim, a Highline deixou para trás a proposta da Tim (TIMP3), Claro e Vivo (VIVT3), apresentada no último sábado (18), em consórcio. As rivais da Oi pretendiam adquirir a área móvel da tele brasileira.
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A Highline também registrou uma oferta pelos ativos de telecomunicação outdoor e indoor de transmissão de radiofrequência da Oi. O valor da proposta gira em torno de R$ 1,076 bilhão.
“O acordo visa garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes; permitir que, uma vez satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as partes, a Oi tenha condições de pré qualificar a Highline, na condição de “stalking horse”, para participação no processo competitivo de alienação da UPI, garantindo assim o direito de cobrir outras propostas recebidas no referido processo”, diz o fato relevante.
Interesse da Digital Colony nos ativos da Oi
A gestora de private equity norte-americana Digital Colony é quem opera a Highline no Brasil. A “Reuters” informou na última quarta-feira, antes da divulgação do fato relevante, que a companhia estaria interessada nos ativos da Oi.
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A gestora está interessada nos ativos de rede móvel da empresa brasileira, e não necessariamente em fornecer serviços de telecomunicações diretamente aos clientes, disse a agência de notícias. A Digital Colony é uma empresa voltada para investimentos em infraestrutura digital, com ativos no Canadá, América Latina e na Europa.
De acordo com as informações, a Digital Colony pode procurar parcerias com outras empresas de telecomunicações para oferecer serviços utilizando a infraestrutura adquirira da Oi.
A gestora, que possui cerca de US$ 20 bilhões (equivalente a R$ 102,3 bilhões) em ativos sob gestão, já mantém conversas com um desses potenciais parceiros, a Algar Telecom, sobre a possibilidade de um acordo, segundo reportou a “Reuters”.
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“A Oi reitera o compromisso com a execução de seu Plano Estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país”, disse a empresa no fato relevante. A companhia salientou que quer estar preparada para a evolução da tecnologia 5G no País, voltando-se para os negócios de “maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”.