Oi (OIBR3): voláteis, ações protagonizam extremos e entram em leilão durante dia agitado
As ações da Oi (OIBR3) protagonizaram extremos durante o pregão desta quinta (16). Os papéis chegaram a cair mais de 15% durante o intradia e entraram em leilão no final da tarde. A empresa tenta renegociar suas dívidas após o fim da recuperação judicial, mas ainda não conseguiu fechar um acordo com os bancos.
Por volta das 10h15, as ações da Oi eram negociadas por R$ 2,31. Às 10h50, a queda era de 16,45%, e os papéis já estavam sendo negociados por R$ 1,93.
Nas horas seguintes, o papel seguiu apresentando alta volatilidade e, às 16h56 do Ibovespa hoje, a ação tinha voltado para o patamar de R$ 2,10, com baixa de mais de 7%. Fecharam em queda de 12%, a R$ 2. Como as ações da Oi possuem um valor baixo, qualquer oscilação para cima ou para baixo torna-se grande em valor percentual.
Oi em crise financeira
Em comunicado enviado à imprensa na noite de quarta (15), a Oi disse que alguns pontos do seu processo de reestruturação financeira estão sendo tratados de forma “equivocada e injusta”.
“O pedido de tutela antecipada à Justiça, feito no fim de janeiro, faz parte das ações legítimas da Oi em busca de sustentabilidade de longo prazo, após cumprir todas as obrigações até aqui decorrentes do Plano de Recuperação Judicial – aprovado em 2018 e encerrado ao final de 2022″, detalhou a empresa no comunicado.
Graças ao pedido de tutela antecipada, a Oi conta com uma proteção jurídica contra os credores, que estão impedidos de cobrar os débitos da empresa. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) questionaram essa decisão na Justiça.
“Esse processo tem sido realizado de maneira integralmente privada e a dívida inicial da empresa, que em valores atualizados seria de cerca de R$ 90 bilhões, foi reduzida hoje a aproximadamente R$ 33 bilhões – incluindo a quitação de 100% dos passivos com o BNDES, de quase R$ 5 bilhões”, prosseguiu a companhia em nota enviada ao jornal O Estado de São Paulo.
O caso da Oi é emblemático não apenas por ser uma das maiores recuperações da história do país, mas principalmente pelas imensas transformações, ainda em curso, que vêm acompanhando a empresa desde então.
Segundo a Oi, os principais problemas financeiros encontram-se na reestruturação da dívida e no equacionamento da deficitária concessão de telefonia fixa.