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Oi (OIBR3) tem proposta de acordo com executivos rejeitada pela CVM

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Oi (OIBR3) - Foto: Unsplash/ Reprodução - Montagem: Suno Notícias

O Colegiado do Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou nesta terça-feira (30) a proposta conjunta de acordo de cinco membros da diretoria da Oi (OIBR3), no valor de R$ 7.027.200, para encerrar processo que apurou supostas irregularidades na elaboração e divulgação das demonstrações financeiras da empresa relativas a 2015.

Os executivos são Bayard Gontijo, Eurico de Jesus Teles Neto, Flavio Nicolay Guimarães, Marco Norci Schroeder e Jason Santos. A proposta de acordo (termo de compromisso) se dividia em:

Além do valor proposto, Gontijo também se comprometeu a não exercer, pelo prazo de um ano, cargos de administrador (diretor ou membro do conselho de administração) e de membro do conselho fiscal em companhias abertas.

De acordo com a reguladora do mercado de capitais, além das irregularidades nas demonstrações financeiras da Oi (OIBR3), o processo também apurou eventual descumprimento do dever de diligência, ao, supostamente, não impedir a adoção, pela companhia, de práticas contábeis relacionadas a depósitos judiciais que vieram a alterar significativamente o valor do patrimônio líquido nas DFs dos exercícios de 2015 e 2016.

O inquérito administrativo se originou de processo aberto pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM para examinar ajustes retrospectivos divulgados nas demonstrações financeiras da empresa de telefonia de dezembro de 2017 para correção de erros referentes aos exercícios de 2015 e 2016.

“Os referidos ajustes causaram impactos materiais relevantes que alteraram substancialmente as informações contábeis retratadas nas DFs dos exercícios sociais de 2015 e 2016”, diz o parecer do Comitê de Termo de Compromisso da CVM. “O exame do assunto pela SEP teve início com o Fato Relevante divulgado pela Oi (OIBR3) em 28.03.2018, por meio do qual foi informado o adiamento da divulgação das DFs do exercício social de 2017 para o dia 12.04.2018.”

Oi (OIBR3) tenta se reerguer em recuperação judicial

A Oi (OIBR3) aprovou em abril seu plano de recuperação judicial, em que anuncia compromisso com credores para solucionar um endividamento original na casa de R$ 45 bilhões. O plano ainda depende de homologação pela Justiça do Rio.

Nesta semana, a empresa assinou um acordo de transação e prevenção de litígios com a V.tal e dois fundos ligados ao banco BTG Pactual, que estabelece a continuidade “às relações comerciais e contratuais mútuas, reduzir riscos de litigiosidade, além de colaborar ativamente com o processo de soerguimento do Grupo Oi e manutenção de sua atividade empresarial”.

O acordo, em linhas gerais, aborda ajuste nas tabelas de preço do contrato, cancelamento de bônus de subscrição e aditamento ao contrato LTLA (acordo de longo prazo). Estima-se que a negociação deve gerar ganhos acumulados de cerca de R$ 1,78 bilhão à companhia de telecomunicações até 2028.

Nesta terça-feira (30), as ações da Oi (OIBR3) fecharam negociadas a R$ 0,73, alta de 7,35% (R$ 0,05). Em abril, o ganho acumulado foi de 10,61% (R$ 0,07) na cotação da empresa.

Com Estadão Conteúdo

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