Oi (OIBR3): coronavírus faz tráfego aumentar até 50%
Segundo o diretor-presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez com que o tráfego das redes da companhia aumentassem entre 40% e 50%. Entretanto, segundo ele, os números afetam pouco os planos de expansão da rede de fibra ótica.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, divulgada nesta sexta-feira (3), Abreu salienta que a desaceleração da economia, originada pelas restrições em virtude do coronavírus, devem fazer a base brasileira de celulares da Oi voltar a encolher.
“O setor estava migrando muito do pré para o pós-pago ao longo dos dois últimos anos. Esses dois meses de crise vão certamente apontar uma mudança pequena de tendência com maior dificuldade de vendas”, disse o diretor-presidente.
“Você tem todas as operadoras com as lojas fechadas. Você tem as vendas com uma diminuição muito grande. Então, as vendas de [planos] pós-pagos vão sofrer bastante durante esse período de crise”, complementa o executivo, em alusão ao panorama do mercado durante a crise.
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Há cerca de dois meses, a Oi operacionalizava 227,1 milhões de linhas móveis no Brasil, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A base voltou a crescer no início de 2020, após encolher sistematicamente desde 2015.
De acordo com o plano estratégico divulgado ainda no ano passado, a Oi vem concentrando suas atividades na ampliação da fibra ótica. Segundo informações da empresa, a disponibilidade de serviços dessa modalidade atinge cerca de 1,2 milhão de novas casas a cada trimestre.
Segundo Abreu, esse avanço da fibra ótica sofreu “relativamente pouco impacto” devido ao coronavírus, já que a Oi trabalha com duas empresas próprias de manutenção e instalação desse serviço.
De acordo com o executivo da operadora, a Oi deverá lançar no segundo semestre um sistema de franquias com pequenos e médios provedores em todo o País. No fim do ano passado, a Telefônica Brasil (VIVT4) divulgou um plano similar, de franquias com provedores concentrados de forma regional.
Na entrevista ao “Valor Econômico”, Abreu se mostrou favorável à utilização dos recursos dos fundos setoriais para que a oferta de serviços à população economicamente mais vulnerável em meio ao coronavírus seja mantida. Segundo o executivo, os recursos deveriam ser usados para mitigar os impactos da pandemia sobre o setor.
Oi lança ferramenta digital para aproveitar home office
A Oi, visando aproveitar a onda de trabalho remoto que as pessoas estão tendo que exercer, devido a pandemia de coronavírus, está lançando uma nova plataforma chamada “Smart Office 4.0”.
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A ferramenta une conectividade e computação digital para ajudar pessoas que estão trabalhando de casa. A ideia da operadora é surfar a onda de home office implementada por muitas empresas que puderam utilizar o recurso para não precisarem paralisar algumas atividades.
Além disso, com essa ferramenta a companhia visa ser entendida como uma companhia de tecnologia que promove soluções digitais para outras instituições.
No lançamento do novo aplicativo, a Oi irá isentar a cobrança da ferramenta por três meses, a partir do dia da assinatura. A companhia de telecomunicações espera dobrar a base de clientes do Smart Office e aumentar a receita em 50% em um ano.
