Oi (OIBR3): Beirando nova recuperação judicial, empresa quer ‘fatiar’ conselho de administração

A Oi (OIBR3), que pediu proteção contra credores e aventou a possibilidade de um novo processo de recuperação judicial na véspera, convocou uma assembleia para ‘fatiar’ seu atual Conselho de Administração.

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A companhia votará, no dia 6 de março, a destituição do Conselho de Administração da Oi, além de uma reforma estatutária que reduz o número de cadeiras para uma faixa de sete a nove membros titulares.

Caso o conselho atual seja destituído, serão eleitos nove novos membros para o Conselho da OIBR3, com mandatos de dois anos.

A convocação foi feita na manhã desta terça-feira (2). Você pode ler o edital de convocação arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) clicando aqui.

Nova RJ da Oi?

Com dívidas de R$ 29 bi, ainda na terça (1º) a companhia de telecomunicações entrou com pedido na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro solicitando proteção contra credores, entre os quais bancos e donos de títulos.

Esse pedido ocorre em menos de dois meses após a Oi deixar sua recuperação judicial, em meados de dezembro de 2022.

No dia 14 daquele de dezembro, justamente a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou o fim do processo.

Segundo o juiz Fernando Viana, todas as obrigações tinham sido cumpridas pela empresa de telecomunicação.

A empresa entrou em recuperação judicial em 2016 com dívidas de R$ 65 bilhões e somando um volume de 55 mil credores.

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Desta vez, a tele alega que não conseguiu chegar a um acordo com os credores. O plano da Oi seria refinanciar dívidas. Algumas deveriam ser pagas nos próximos dias.

A Oi precisa quitar, por exemplo, R$ 600 milhões a detentores de títulos, que vencerão em 5 de fevereiro.

O pedido de proteção contra cobrança de credores é similar ao que foi feito pela Americanas (AMER3) em 13 de janeiro último.

A medida prevê dar maior folga em relação aos pagamentos de dívida, concedendo fôlego momentâneo para o caixa da companhia.

Desempenho de OIBR3

Com o grupamento de ações e o processo de saída da RJ, as ações da Oi subiram 38% no acumulado de janeiro.

Em uma janela maior, contudo, de 12 meses, os papéis ordinários da Oi mostra uma queda de 77%.

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Eduardo Vargas

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