Concorrente da V.tal, empresa da Oi (OIBR3) voltada para fibra ótica, a Luna Fibra prepara uma emissão de até R$ 925 milhões em debêntures incentivadas. Segundo informações divulgadas nesta terça (14), esses recursos serão utilizados para acelerar o plano de crescimento da companhia.
De acordo com a Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, a Luna Fibra começou a formar a sua rede em dezembro, quando adquiriu a Samm, empresa da CCR (CCRO3) que possui 7 mil quilômetros de cabos de fibra instalados nos dutos localizados nos arredores das rodovias. Na época, a operação foi concluída por R$ 245 milhões.
A concorrente da Oi também fechou uma parceria com a Rumo, do grupo Cosan (CSAN3), para implementar 15 mil quilômetros de cabos nas margens das ferrovias da empresa nos próximos dois anos.
Assim, a Luna conseguirá 22 mil quilômetros de fibra espalhados por 13 Estados. A capilaridade no setor de redes neutras torna-se extremamente importante para o negócio, pois essa infraestrutura é usada pelas operadoras de banda larga e internet móvel para ampliar o atendimento aos consumidores finais sem ter de investir em redes próprias.
De acordo com a publicação, o objetivo da Luna é atender regiões metropolitanas e cidades do interior por meio de uma rede instalada principalmente em eixos logísticos, nos quais muitas vezes o sinal de internet ainda é escasso.
A médio e longo prazo, o plano da Luna Fibra é chegar a 50 mil quilômetros de redes. A V.tal, líder do mercado, tem cerca de 400 mil quilômetros.
Oi consegue proteção judicial nos Estados Unidos
Enquanto as concorrentes desenham suas estratégias para os próximos anos, a Oi segue em crise financeira, mesmo após o término da sua recuperação judicial.
Na segunda (13), a empresa de telecomunicações conseguiu uma proteção judicial nos Estados Unidos. O juiz responsável pelo caso, John P. Mastando III, afirmou que a medida provisória contra execuções de dívidas solicitada nos EUA é “urgentemente necessária” para proteger os bens das empresas e os interesses dos credores enquanto o Tribunal aguarda a consideração do pedido pendente de reconhecimento do processo no Brasil.
O magistrado norte-americano também reconheceu que as alegações apresentadas pelos advogados da Oi até o momento demonstraram que existe um risco material de que o grupo empresarial sofra “danos irreparáveis” na ausência de uma tutela na Justiça americana.