Após a Justiça autorizar a nova recuperação judicial da Oi (OIBR3), a empresa informou ao mercado que adiou a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2022 (4T22) para 26 de abril. Com essas notícias negativas, os papéis fecharam o pregão desta sexta (17) em queda de 3,85%, ao preço de R$ 1,25.
Anteriormente, a previsão era de que os números fossem divulgados na próxima quinta (23). Com a nova data definida, a teleconferência sobre o balanço da Oi será realizada em 27 de abril.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Oi desidrataram 84,76%. Como os papéis da companhia possuem valores baixos, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em níveis percentuais.
Nova recuperação judicial da Oi: o que muda?
A nova recuperação judicial da Oi foi aprovada pela Justiça na quinta (17). Assim, apenas três meses separam o fim da primeira recuperação judicial e o começo da segunda. Porém, dessa vez, a novela jurídica da ex-gigante das telecomunicações será diferente?
Rodrigo Abreu, CEO da Oi, acredita que sim. Em entrevista publicada no jornal O Globo em fevereiro, o executivo já havia avisado ao mercado que o novo processo de recuperação judicial seria “muito mais rápido”.
“[A nova recuperação judicial] seria muito diferente do primeiro processo, porque seria um processo consensual e basicamente para reconhecer toda a reestruturação da dívida financeira. Então, é muito mais rápido”, destacou Abreu na ocasião, quando o processo ainda não tinha sido definido.
A primeira recuperação judicial da Oi começou em 2016 e terminou no final do ano passado. Assim, a empresa conseguiu reduzir as dívidas de R$ 90 bilhões, em valores atualizados, para R$ 33 bilhões. Contudo, a nova RJ foi protocolada com débitos na ordem de R$ 43,7 bilhões.
Agora, a empresa de telecomunicações tem cerca de 60 dias para apresentar seu novo plano de recuperação judicial.
“A Oi reafirma a sua confiança de que, com o apoio de seus credores financeiros, com os quais chegou a um acordo sobre os principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo e considerando sua capacidade operacional e comercial, será bem-sucedida na proposição e pré-aprovação de um plano de recuperação judicial que permita a busca de sua sustentabilidade de longo prazo, no melhor interesse de todos os seus stakeholders”, afirmou a empresa em comunicado.