Oi (OIBR3) apresenta prejuízo de R$ 9 bilhões em 2019
A Oi (OIBR3) apresentou, na última quarta-feira (25), após o fechamento do mercado, seu resultado referente a 2019. Foram registrados R$ 9 bilhões de prejuízo, frente o lucro líquido de R$ 24,59 bilhões reportado em 2018.
Segundo a Oi, a receita líquida, na comparação de ano pra ano, caiu 8,7%. Em 2019, foram apresentados R$ 20,13 bilhões, enquanto em 2018 foram R$ 22,06 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina foi de R$ 4,46 bilhões no ano passado. Um ano antes, foram registrados R$ 5,8 bilhões. Dessa forma, o indicador caiu 23,7%.
A Margem Ebitda caiu de 26,5% para 22,2% de ano pra ano. No quarto trimestre do ano passado, o indicador atingiu 20,7% frente a 23,4% no intervalo de outubro a dezembro de 2018.
A companhia brasileira de telecomunicações apresentou uma dívida líquida de R$ 15,92 bilhões em 31 de dezembro de 2019. No fim de 2018, essa dívida era 34,7% menor, de R$ 11,82 bilhões.
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Além disso, a empresa informou que o caixa disponível ao fim de 2019 era de R$ 2,3 bilhões. Esse número é 50,3% menor do que em o reportado um ano antes. Ademais, a Oi anunciou que o Capex, em 2019, foi de R$ 7,8 bilhões, 28,3% acima de 2018.
Dentre os destaques do ano, a administração salienta o crescimento de 15% da receita de pós-pago na operação Móvel. Na operação Atacado, a companhia informa que chegou a 62% de participação das receitas não reguladas no total de receita.
Dentre os custos e despesas operacionais, como custo de pessoal e serviços de terceiros, os custos com tributos e outras despesas caiu 90,9% na comparação entre 2018 e 2019, saindo de R$ 201 milhões para R$ 18 milhões.
Já as despesas com publicidade e propaganda cresceram 30,2%, num investimento total de R$ 494 milhões em 2019. De forma geral, os custos e despesas operacionais caíram 3,5%, de R$ 15,99 bilhões para R$ 15,43 bilhões de ano para ano.
Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Oi apresentaram uma desvalorização de 67,5%, sendo cotadas a R$ 0,52 após o fechamento do pregão da última quarta-feira.
Oi pede adiamento do agrupamento de ações
A Oi comunicou ao mercado, na última segunda-feira (23), que seu pedido realizado na semana passada à B3, relacionado ao adiamento do grupamento de ações da companhia, foi deferido.
A companhia de telecomunicações pediu, no dia 18 de março, a suspensão da obrigação de enquadramento da cotação de seus papéis a partir do dia 9 deste mês até a data de sua Assembléia Geral de Credores (AGC), que deve acontecer no dia 6 de novembro.
A B3, então, encaminhou, na última sexta-feira (20), um ofício à companhia de telecomunicações confirmando a autorização do pedido da Oi.
No dia 7 de novembro de 2019, a Oi foi notificada para demonstrar o que seria feito e qual deveria ser o cronograma para enquadrar a cotação dos seus papéis em um valor igual ou acima de R$ 1,00 até o dia 7 de maio deste ano, ou até sua primeira Assembleia Geral.