Oi (OIBR3): Anatel autoriza venda da Oi Móvel para TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3)

Está chegando o fim a novela da venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3). Nesta segunda-feira (31), a companhia de telefonia brasileira conseguiu a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para concluir a venda da Oi Móvel ao consórcio formado pelas operadoras Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3).

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Com a autorização, a Oi fica mais próxima de concluir o seu processo de recuperação judicial. Isso porque a venda da Oi Móvel representa um ganho de cerca de R$ 16,5 bilhões para a companhia.

Em conjunto com a venda da InfraCo (R$ 12,9 bilhões), a soma arrecadada chega a um ganho suficiente para que a empresa liquide suas dívidas e encaminhe o processo de saída da recuperação judicial, prevista para ocorrer em março de 2022.

Com isso, as ações da Oi dispararam nesta segunda. Por volta das 16:30 (horário de Brasília), os papéis da empresa subiam 7,69% na Bolsa, cotadas a R$ 1,12.

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Liberação da venda pela Anatel

A autorização da Anatel para a venda da Oi Móvel veio com condicionantes. São elas:

  • estar em dia com os fiscos estaduais, municipais e federais;
  • apresentar plano de transferência dos números de celular da Oi;
  • acabar, no prazo de 18 meses, com as sobreposições de frequências;
  • apresentar compromissos que viabilizem o atendimento das metas do Plano Geral de Universalização; e
  • apresentar garantias referentes aos compromissos de abrangência ainda pendentes de atendimento.

E não é só a Oi que deve se adequar. A Anatel também indicou que as operadoras Claro, TIM e Vivo apresentem, cada uma, um plano de comunicação aos consumidores, com as seguintes ponderações:

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  • cronograma para o processo de migração;
  • canais de comunicação para tirar dúvidas do consumidor;
  • direito de escolha de planos de serviço iguais ou semelhantes aos contratados com a Oi;
  • direito à privacidade dos dados; e
  • direito de portabilidade a qualquer momento.

A agência vetou a migração automática com fidelização ou cobrança de ônus contratual pela quebra de fidelização dos usuários da Oi Móvel, incluindo combos.

A Superintendência de Relações com Consumidores da Anatel irá acompanhar todo o processo de migração e poderá solicitar medidas adicionais para proteger os direitos dos clientes da Oi.

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Oi ainda precisa do aval do Cade

Duas etapas de aprovações foram concluídas nos últimos dias. Na semana passada, os acionistas da Oi aprovaram em assembleia a incorporação da Oi Móvel – um passo previsto no processo de venda da UPI (Unidades Produtivas Isoladas).

Agora veio a aprovação da Anatel. Por fim, resta o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que tem até o fim de fevereiro para se manifestar sobre o caso.

Leia mais:

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Monique Lima

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