Oi (OIBR3) aguarda propostas por operação móvel até julho, diz jornal
A Oi (OIBR3) aguarda por propostas vinculantes por sua operação de telefonia móvel até julho deste ano. Segundo o jornal “Valor Econômico”, a companhia trabalha com um cronograma de recebimento dessas ofertas para negociação no período.
Por mais que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tenha impactado economicamente o País, o processo de venda da operação da Oi não teve qualquer modificação. Além disso, o processo de venda corre sem estabelecer exclusividade a nenhum dos possíveis compradores.
De acordo com a apuração do jornal, “as propostas vinculantes devem ser feitas no início do terceiro trimestre. No atual ritmo, talvez ainda no fim do segundo trimestre, mas a companhia não está contando com esse prazo”. A Oi já teria informado o prazo aos interessados.
A TIM (TIMP3) e a Telefônica (VIVT3) já demonstraram interesse, por meio de um consórcio, e mostram-se serem os favoritos no processo. Individualmente, a Claro já iniciou sua diligência na companhia. As demonstrações de interesse na operação móvel da companhia tem sido feitas à distância.
O valor especulado para o negócio fica entre R$ 14 bilhões e R$ 19 bilhões. “É claro que a companhia espera um número mais próximo de R$ 20 bilhões, mas isso ainda depende da finalização das diligências e do formato das propostas vinculantes”, disse uma fonte ligada ao assunto.
Oi mostra-se receosa
A venda do braço da Oi é o principal caminho no plano de reestruturação da companhia. O processo, que tem o Bank of America (NYSE: BAC) como assessor financeiro para na venda dos ativos, já recebeu o forte interesse da parceria entre TIM e Telefônica.
No entanto, a Oi possui o receio de uma interferência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no negócio.
Confira: Oi encerra março com geração de caixa operacional negativa em R$ 295 mi
O SUNO Notícias apurou que equipes de advogados especializados em fusões e aquisições têm se debruçado há dias para analisar as possibilidades de veto do órgão. Por isso, as empresas devem fatiar a compra da Oi Móvel, em algo em torno de 70% para a TIM, e 30% para a Telefônica, para não concentrar o mercado de telefonia móvel.
Segundo o fato relevante divulgado no dia 10 de março, a TIM e a Telefônica ficariam com uma parcela da operação, caso o negócio fosse fechado. Além disso, o documento indica como “a transação, se concretizada, criará valor a nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço”.
A Oi está em recuperação judicial desde junho de 2016 vem trabalhando para vender o máximo de ativos não estratégicos possíveis para reforçar seu caixa.