Oi (OIBR3): assembleia de credores acontecerá hoje sem adiamento solicitado pela Anatel; ações operam estáveis
Um novo capítulo da longa trajetória da recuperação judicial da Oi (OIBR3) se desenha nesta terça-feira (5).
Após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter seu pedido negado para adiamento da Assembleia Geral de Credores (AGC) da Oi, a reunião está marcada para acontecer hoje. Seu resultado deverá ser visto nos preços das ações, aponta analista.
A recusa foi proferida pela juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro ontem.
Segundo a Anatel, o adiamento foi solicitado devido a uma negociação em andamento com a Oi, no Tribunal de Contas da União (TCU). A discussão é sobre o futuro da concessão de telefonia fixa. A agência defende que os credores deveriam aguardar a resolução antes de ir para a assembleia.
As ações da OIBR3 começaram o dia estáveis, precificadas a R$ 1,02. Os papeis andam em paralelo ao Ibovespa, que registra discreta queda, de 0,024%, por volta das 12h (Brasília).
O que acionistas podem esperar da AGC da OIBR3?
Neste dia de Assembleia da Oi, os investidores podem ficar atentos às reações do mercado de acordo com o andamento da reuniõa.
Segundo o analista CNPI da Suno Research, João Daronco, o principal fator para ficar de olho é acerca das negociações e se existirá ou não um aceite dos credores.
“Caso [as propostas] passem, isso pode dar um alívio para a Oi e impactar positivamente a empresa. Por outro lado, qualquer tipo de incerteza que fique, pode impactar de forma negativa a cotação dos ativos”, pondera Daronco.
TCU negocia com a Oi sobre telefonia fixa
A base para pedido de adiamento da Anatel foi baseado nos trâmites da companhia de telefonia com a Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), do Tribunal de Contas da União (TCU).
A pasta busca solução consensual entre as duas partes para questões relacionadas à migração da Oi do regime de concessão para o de autorização, além das perdas que a operadora alega ter sofrido por desequilíbrios econômico-financeiros no contrato de concessão do serviço de telefonia fixa.
Nesta terça-feira (5) no início da tarde os papeis da Oi ON (OIBR3) operavam estáveis ao redor dos R$ 1,02 (R$ 1,01 na mínima e R$ 1,04 na máxima).