A Oi (OIBR3) anunciou nesta terça (10) que os resultados do primeiro trimestre de 2022 não serão divulgados na próxima quinta (12), como previsto. A companhia adiou o anúncio do 1T22 para 21 de junho.
A companhia havia adiado, de 27 de abril para 4 de maio, a publicação das demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2021. Era a segunda mudança na data de entrega dos números trimestrais da companhia, que sairiam em 29 de março.
Foi justamente essa mudança no anúncio do balanço do 4T21 que levou a companhia a decidir por postergar a divulgação do 1T22: “Em consequência do adiamento da divulgação das Demonstrações Financeiras de 2021, a companhia informa que será necessário também mais tempo para a conclusão dos trabalhos de elaboração do Formulário de Informações Trimestrais (ITR) referentes a 31 de março de 2022.” E cita como motivos:
- a complexidade dos trabalhos de segregação de ativos nas três SPEs que integram a UPI Ativos Móveis, incluindo a necessidade de elaboração de suas demonstrações financeiras, na data base de fevereiro de 2022;
- a necessidade de obtenção de pareceres dos auditores independentes para as demonstrações financeiras das três SPEs que integram a UPI Ativos Móveis;
- os impactos da venda da UPI Ativos Móveis, da venda do controle da UPI InfraCo nos trabalhos de elaboração das demonstrações financeiras da companhia;
- e o parecer dos auditores independentes com relação às demonstrações financeiras da Oi.
“A companhia informa que a alteração da data da divulgação do 1T22, do dia 12 de maio de 2022 para 21 de junho de 2022, garantirá a divulgação de informações precisas, consistentes e completas aos acionistas e ao mercado”, conclui a Oi, em fato relevante.
Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 1,6 bilhão no 4º trimestre de 2021
A Oi apresentou prejuízo líquido consolidado atribuído aos acionistas controladores de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2021, uma queda de 192,9% ante igual intervalo de 2020, quando havia registrado lucro de R$ 1,7 bilhão. No acumulado do ano de 2021, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 8,38 bilhões, um recuo de 20,04% sobre o ano encerrado em 2020.
Segundo o balanço da Oi, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina somou R$ 1,612 bilhão nos últimos três meses de 2021, montante 8,1% maior que o apurado no mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda de rotina ficou em 35,3%, um crescimento de 4,0 pontos porcentuais sobre o apurado no quarto trimestre de 2020.
A receita líquida total consolidada da Oi foi de R$ 4,571 bilhões, valor 4,03% abaixo do apurado um ano antes, de R$ 4,777 bilhões. No exercício encerrado em dezembro de 2021, a receita líquida somou R$ 17,933 bilhões, valor 4,5% menor do que o registrado no ano de 2020. Já a dívida líquida consolidada da Oi no período somou R$ 32,573 bilhões, crescimento de 49,4% sobre o mesmo trimestre de 2020.
No resultado trimestral da Oi, a receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 4,525 bilhões, queda de 4,01% em relação ao quarto trimestre de 2020. A receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou R$ R$ 46 milhões, recuo de 21,4% em relação ao apurado um ano antes. A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,539 bilhões no trimestre, queda de 2,5% na comparação com um ano antes.