A Oi (OIBR3) já está preparando a saída do seu diretor-presidente, Eurico Teles, segundo uma fonte que está envolvida no processo de recuperação judicial da companhia disse ao “Valor”.
O objetivo é indicar um profissional com expertise em gestão para ser um diretor de operações (COO, na sigla em inglês) e que conviveria pouco tempo com Teles, até substituí-lo no comando da Oi.
A troca de comando da operadora foi defendida pela maior acionista da Oi, a gestora GoldenTree Asset Management – detentora de 14,57% do capital social da empresa -, que está no conselho de administração da companhia. A declaração foi feita na última segunda-feira.
Reestruturação da Oi
Segundo a fonte envolvida no processo de recuperação judicial, a carta da GoldenTree representou um “atropelo” a um processo de transição que estava “estruturado”, acordado entre o conselho e o diretor-presidente da companhia.
Segundo o “Valor”, uma outra fonte, que é mais próxima dos acionistas da Oi, questiona que a proposta de nomear um COO foi entregue à Justiça no início de junho, mas não foi homologado até hoje. De acordo com o processo, a proposta precisa passar pela análise não só da Justiça, mas também do Ministério Público estadual e do administrador judicial.
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O Banco BTG Pactual divulgou ontem um relatório onde afirma que “esperamos que a diretoria da Oi, juntamente com a vara empresarial responsável pela recuperação judicial, acelere a nomeação e a aprovação do novo CEO. Para sermos honestos, não podemos entender por que esse processo está demorando tanto”
Captação de R$ 2,5 bilhões com bancos
Os executivos da operadora estão conversando com bancos para tentar captar até R$ 2,5 bilhões no mercado. A informação foi divulgada pelo jornal “Estado de S. Paulo” no último sábado (17).
Segundo o jornal, a Oi necessita de recursos para conseguir manter suas operações nos próximos meses. Porém, a companhia ainda não sabe como obterá o montante.
Na última segunda-feira (20), as ações ordinárias da Oi finalizaram o pregão com uma queda de -27%, sendo negociadas a R$ 0,73 na Bolsa de Valores de São Paulo. Nos últimos 12 meses, os papéis da empresa acumulam queda de -68,80%.