A Oi (OIBR3), que está em recuperação judicial, comunicou ao mercado neste sábado (18) que recebeu proposta vinculante do Highline Brasil para compra da Unidade Produtiva Isolada (UPI) de Torres por R$ 1 bilhão. De acordo com o fato relevante, o assessor financeiro da operadora, Bank of America (BofA) recebeu, nesta data, propostas vinculantes de terceiro ativo móvel da companhia.
O documento da Oi informa que as propostas vinculantes, que foram apresentadas em conexão com o processo de market sounding (consulta de mercado), “são sujeitas a condições normais em processos desta natureza e confirmam o interesse do mercado no seu negócio móvel”.
O Highline do Brasil é um fornecedor independente de soluções infraestrutura para o setor de telecomunicações.
Oi: Tim, Telefônica e Claro apresentam oferta vinculante para ativos
A Tim (TIMP3), a Telefônica (VIVT4) e a Claro apresentaram uma oferta vinculante em conjunto para adquirir os serviços móveis da Oi.
De acordo com o fato relevante das empresas de telecomunicações móvel, a oferta vinculante foi submetida pela partes à apreciação do Grupo Oi. A proposta é sujeita condições, especialmente a seleção das ofertantes como stalking horse (primeiro proponente), o que permite que as operadoras tenham direito de cobrir melhor entre os demais lances apresentados no processo competitivo de venda do negócio.
“No caso de aceitação de proposta apresentada e na hipótese de concretização da operação cada uma das interessada receberá uma parcela do negócio”, informa o documento.
Veja Também: Oi (OIBR3): geração de caixa é negativa em R$ 113 milhões em maio
Os principais ativos são os seguintes:
- termos de autorização de uso de radiofrequência;
- base de clientes do Serviço Móvel Pessoal;
- direito de uso de imóveis e torres;
- acesso a elementos principais da rede móvel, sistemas e plataformas.
No começo da semana o conselho de administração (CDA) da controladora da Tim, Telecom Italia, aprovou o plano de aquisição dos ativos móveis da Oi.
Por sua vez, o CEO da América Móvil, controladora da Claro Brasil, Daniel Hajj, declarou que a sua companhia participará do leilão de ativos móveis da Oi. Segundo o executivo, a carteira de clientes e a capacidade da rede interessa a Claro.
A Oi deu entrada no processo de recuperação judicial em 2016. Dois anos depois, a tele aprovou um plano de recuperação com a venda de ativos prevista, porém sem a área móvel da operadora. No último sábado (10) a Justiça ordenou que a operadora e suas subsidiárias deverão apresentar em juízo, no prazo de 180 dias contados da publicação da decisão, a proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial.