MP exige à CVM averiguação de Day Trade nas negociações da Oi

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP) pediu à Justiça que solicite a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a verificação do volume de negócios das ações da operadora Oi.

O MP exige que a CVM solicite esclarecimentos da Oi sobre as oscilações de suas ações e averigue se o aumento no volume tem relação com negociações iniciadas e encerradas no mesmo dia, Day Trade.

Além disso, o documento assinado pelo promotor Leonardo Araújo Marques, no dia 28 de agosto, questiona se é possível que o órgão identifique os nomes dos investidores que mais compraram ações no últimos meses pelo mecanismo de Day Trade. A informação foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”.

O veículo ressalta que Marques solicita “uma atuação mais firme dos órgãos de controle e daqueles responsáveis pela fiscalização do processo judicial de restruturação”, devido ao aumento no volume financeiro com as ações operadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

No início do ano, em fevereiro, foi determinado, em meio a recuperação judicial que a operadora enfrenta, que todas as mudanças societárias e venda de ativos relevantes, precisariam de autorização do MP e da Justiça.

Oi informa à CVM que não sabe motivo das oscilações

Na última quinta-feira (29) a Oi informou à CVM que não há fatos ou atos que possam justificar as oscilações nas ações da empresa.

Ademais, a operadora ressalta que há possibilidade de que as oscilações estejam relacionadas com matérias jornalísticas que tem vinculado informações do mercado de telefonias e o nome da empresa.

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“A Oi destaca que foram veiculadas nas últimas semanas uma série de opiniões e de matérias jornalísticas sobre o mercado brasileiro de telecomunicações e sobre a companhia, sendo possível que a volatilidade observada nas ações de sua emissão resulte de eventuais especulações e expectativas do mercado”, informa o documento divulgado pela empresa.

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A CVM exigiu que a operadora explicasse as oscilações que ocorriam em suas ações até a última sexta-feira (30).

Em resposta à CVM, a empresa de telefonia “reafirma o compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados a respeito dos aspectos relevantes e significativos de seus negócios”.

Última cotação

Na última sessão, sexta-feira (30), as ações ordinárias (OIBR3) da Oi registravam variação positiva de 21,23% sendo cotadas a R$ 1,19. As ações preferenciais (OIBR4) variavam 7,89% sendo negociadas a R$ 1,64.

Poliana Santos

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