Oi contrata assessoria financeira para avaliar sua operação móvel
O diretor de operações e negócios da Oi, Rodrigo Abreu, contratou assessores financeiros para saber qual o valor da operação de telefonia móvel da operadora. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3).
“Queremos entender a natureza do valor real do negócio mobilidade, um valor que já é reconhecido pelo mercado e sabermos como isso poderá gerar valor para o acionista no futuro”, afirmou o executivo da Oi, que está comandando a reestruturação da companhia desde setembro. Abreu destacou, em contrapartida, que, por hora, não existe nenhuma forma de negociação neste sentido em andamento.
Em meados de outubro, o executivo chegou a dizer que a Oi não precisava vender a área de telefonia móvel para ter liquidez no curto prazo. Na semana passada o diretor de operações da espanhola Telefónica, Ángel Vilá, disse mais uma vez que a multinacional foi procurada por instituições representantes da Oi.
Vilá afirmou que para comprar a Oi seria necessário criar “um consórcio”, porém ele ressaltou que está estudando a possibilidade de investir na empresa brasileira. “Estamos analisando essas situações muito ativamente”, afirmou Vilá.
No mês passado, o presidente da América Móvil, controladora da Claro, Daniel Hajj, afirmou que sua empresa estava aberta a discutir um acordo com a Oi. Foi o mesmo que declarou Luigi Gubitosi, presidente da Telecom Italia, dona da Tim.
Resultado trimestral da Oi
A empresa de telecomunicações divulgou o seu balanço trimestral referente ao período de julho a setembro na última segunda-feira (2). Foi reportado um prejuízo líquido de R$ 5,74 bilhões, 330% maior do que o mesmo período do ano passado.
Além disso, de acordo com a Oi, a receita líquida foi de R$ 4,95 bilhões, frente a R$ 5,43 bilhões do mesmo período de 2018, representando uma queda de 8,8% na comparação anualizada.
A dívida líquida aumentou 34,1%, chegando a R$ 14,71 bilhões. Sendo assim, o caixa disponível caiu 38,2%, indo a R$ 3,19 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ) de rotina, de acordo com a companhia, foi de R$ 979 milhões, uma queda de 32,9% em relação ao 3T18.
A margem Ebitda registrada pela Oi no trimestre caiu 7%, saindo de 26,6% para 19,6%. Considerando os efeitos do IFRS 16, a margem Ebitda ficou em 27,5%.