De acordo com a consultoria Ernst & Young, a Oi (OIBR3) deve voltar a apresentar lucro no ano que vem. As perspectivas foram feitas em um laudo financeiro da consultoria a pedido da tele por conta do aditamento ao plano de recuperação judicial.
A Ernst & Young estima que a Oi pode ter lucro de R$ 224 milhões, depois de um prejuízo de R$ 9,31 bilhões neste ano. De acordo com a consultoria, a Oi pode ir de uma receita de R$ 18,5 bilhões neste ano para R$ 11 bilhões em 2021. O indicador deve permanecer neste patamar até 2029.
Já os custos e despesas da empresa de telecomunicações seriam de R$ 9,7 bilhões no ano que vem. Em 2020, a estimativa é de que fique em R$ 14 bilhões. Após isso, eles devem ficar no patamar de R$ 8 bilhões até 2029.
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A receita deve cair após este ano por conta da venda dos ativos de tele. A Oi estima que receberá pelo menos R$ 15 bilhões pela unidade de negócios, que será leiloada provavelmente no quarto trimestre deste ano.
De acordo com o laudo da Ernst & Young, a receita da Oi deve cair 40% entre ente ano e 2021 com a venda desta área. A projeção para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) é de uma queda de 69% em 2021, impulsionada pela venda da unidade produtiva isolada (UPI) de ativos móveis, passando de R$ 4,29 bilhões em 2020 para R$ 1,34 bilhão no ano que vem. A margem Ebitda teria queda de 23,21% para 12,09%.
A Oi projeta uma recuperação gradual de sua margem Ebitda. Isso deverá acontecer com a aceleração da implantação da estrutura de fibra óptica para residências e, consequentemente, uma diminuição no foco de serviços atrelados ao cobre. Também haverá a implantação de medidas de otimização de custos e despesas pela companhia, o que deverá melhorar, segundo a consultoria, seus resultados. A partir de 2025, a Oi estima um avanço da margem Ebitda, chegando a marca de 20,15% com o fim da concessão.