A Oi (OIBR3; OIBR4) pretende concluir até o final de março a venda de um novo lote de torres de telefonia. A operação pode levantar cerca de R$ 700 milhões para o caixa da companhia. As informações foram divulgadas, nesta segunda-feira (27), pelo jornal “Valor Econômico”.
A venda do lote de ao menos 700 torres da Oi estava prevista para ocorrer, inicialmente, no quarto trimestre deste ano. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, a venda está sendo coordenada pelo Bank Of America Merrill Lynch (BofA).
“O processo de venda das torres está sendo conduzido pelo assessor [financeiro], com prazo de conclusão esperado até o final do primeiro trimestre”, afirmou a fonte.
O BofA foi contratado em janeiro de 2019 pela companhia para prospectar e estruturar operações que envolvam a monetização de ativos non core e oportunidades de fusões e aquisições.
A operação faz parte do plano estratégico divulgado pela operadora em julho de 2019. Por meio do plano, a companhia pretende levantar entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos não essenciais.
Além do lote de torres, o plano estratégico inclui a venda da participação da Oi na operadora angolana Unitel, que foi concluída na semanada passada. Ademais, a operadora deverá se desfazer ainda de ativos imobiliários e de data centers.
Venda da operação móvel da Oi
A operação móvel da Oi também poderá ser vendida como parte do plano de venda de ativos não estratégicos. A operação móvel pode ser dividida entre a Tim (TIMP3) e Vivo (VIVT4) em uma transação de cerca de R$ 15 bilhões, segundo informações do jornal “O Globo” e do banco BTG Pactual (BPAC11).
Saiba mais: Oi Móvel pode ser dividida entre Tim e Vivo após venda de R$ 15 bi
Em um relatório divulgado no último domingo (26), o banco estima que a empresa italiana levaria 70% da operação móvel da Oi, enquanto a portuguesa Vivo ficaria com os 30% residuais. Segundo os analistas, essa seria a única forma com que os órgãos antitruste do Brasil aprovem o negócio.
A Oi e a Tim, juntas, dominariam mais de 50% do mercado do Paraná, Santa Catarina e outros cinco estados do Nordeste. Além disso, a parceria entre as companhias também teria uma operação forte no Sudeste, Centro-Oeste e Norte, mas não seriam dominantes.