No mês de outubro, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) pode alcançar R$ 20 bilhões apenas em novas ofertas de ações.
O montante será impulsionado pela oferta subsequente de ações (follow-on) do Banco do Brasil (BBAS3), que pode chegar a R$ 7 bilhões. Além disso, a oferta pública inicial de ações (IPO) de Vivara, C&A e Banco BMG também fazem parte dessa quantia.
Confira o relatório do IPO da Vivara
Em setembro, o volume de ofertas subsequentes somou aproximadamente R$ 3,6 bilhões, com as participações do Banco Pan (BPAN4), as incorporadoras Trisul (TRIS3) e Eztec (EZTC3), a empresa de energia Ômega (OMGE3) e a empresa de tecnologia Sinqia (SQIA3).
Ações em alta com novas ofertas
Neste mês, além do follow-on do BB, Cyrela Commercial Properties (CCP), Positivo Tecnologia e Lopes estão dentre as empresas que devem ofertar suas ações. O número pode aumentar devido a outras companhias já terem escolhido bancos para coordenarem a operação.
Já a captação líquida dos fundos locais tem garantido demanda para as ofertas. Sobretudo, em um momento onde o investidor estrangeiro mostra-se cauteloso com o Brasil.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o segmento de fundos de investimento apresentou uma captação líquida de R$ 205,7 bilhões em 2019, até o mês passado. Sendo assim, devido às novas ofertas de ações, os gestores procuram novas oportunidades no mercado.
Ainda dentro de outubro, a volume de ofertas de ações na B3 pode atingir R$ 70 bilhões em 2019, o mesmo valor de 2007, ano de outro para o mercado de capitais. Em 2010, em decorrência de um evento não recorrente, que foi a capitalização de R$ 120 bilhões da Petrobras (PETR3; PETR4), o volume ultrapassou 2007, mas o dado foi distorcido.
Confira: União não deve participar de follow-on do Banco do Brasil
A Iguá Saneamento, outra companhia em apresentou seu pedido de oferta de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), adiou seu IPO para 2020. A abertura do capital da empresa estava previsto para este ano, porém, os investidores não chegaram a um entendimento com a companhia sobre o seu valuation.