Impasse sobre oferta de petróleo faz Opep+ cancelar reunião

Em meio a um impasse sobre a oferta de petróleo dos próximos meses, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados cancelaram a reunião ministerial do cartel pelo terceiro dia consecutivo.

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Com a notícia, as cotações futuras do barril de petróleo tipo Brent avançam 1,3% na tarde desta segunda-feira (5), para US$ 77, já que a expectativa era de que a produção fosse elevada daqui para frente.

A decisão foi confirmada por meio de um comunicado do secretário-geral do cartel, o nigeriano Mohammad Sanusi Barkindo, que não estabeleceu uma nova data para o encontro.

Os países do cartel estavam reunidos desde a última quinta-feira (1) para definir os próximos passos da commodity no mercado. Nos últimos meses, uma recuperação da demanda, em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19 no mundo, levou a uma alta nos preços do barril.

Segundo a Dow Jones Newswires, contudo, os Emirados Árabes Unidos não concordaram com as propostas que foram feitas durante a reunião, sobretudo da Arábia Saudita, principal produtor do cartel, que gostaria de uma maior oferta no mercado internacional.

Opep quer voltar a abastecer o mercado com petróleo

No ano passado, quando a pandemia começou a impactar a demanda por petróleo, a Opep+ concordou em cortar sua produção em cerca de 9,7 milhões de barris por dia. Desde então, o grupo vem aumentando gradualmente a oferta da commodity.

A proposta feita nesta reunião, e que não foi aceita pelos Emirados Árabes Unidos, previa um aumento da produção em cerca de 400 mil barris por dia entre agosto e dezembro.

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De acordo com a Dow Jones, os Emirados Árabes querem ter direito a um aumento na própria cota de produção dentro da estrutura mais ampla da Opep+.

Com a reabertura das economias, principalmente no Hemisfério Norte, as projeções para a cotação do petróleo dispararam nas últimas semanas. Há quem diga que a matéria-prima será cotada a US$ 100 em 2022. Todavia, as estimativas carregam ressalvas.

Com informações do Estadão Conteúdo. 

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Jader Lazarini

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