A Plano & Plano (PLPL3) desistiu, ao menos por enquanto, de seguir adiante na oferta de ações anunciada mês passado e que poderia atingir até R$ 500 milhões. A incorporadora comunicou que concluiu os estudos sobre a oferta pública de ações.
Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o sócio e presidente da incorporadora, Rodrigo Luna, disse que a desistência da oferta de ações se deu pelas instabilidades observadas no mercado financeiro, mas que o processo pode ser retomado quando as condições forem atrativas.
O presidente da Plano & Plano acrescentou que a oferta de ações teria como objetivo aumentar a liquidez da incorporadora e reforçar o caixa para o crescimento – especialmente agora que o Minha Casa Minha Vida foi turbinado. A oferta, entretanto, não era mandatória para sustentar o crescimento.
O empresário ainda avaliou que o mercado financeiro entrou em um “looping de instabilidades” ao longo das últimas semanas, o que reduziu o apetite dos investidores. O problema, na sua avaliação, tem origem no ambiente macroeconômico – com inflação e juros altos lá fora combinada com ruídos políticos por aqui.
Cotação PLPL3
Infracommerce (IFCM3) pretende fazer oferta de ações no total de R$ 277,5 milhões
A Infracommerce (IFCM3) anunciou em 6 de agosto, que pretende realizar um follow-on (oferta pública subsequente de ações) com a distribuição primária de 150 milhões de papéis, totalizando R$ 277,5 milhões. O valor leva como base a cotação de terça-feira (5), quando as ações valiam R$ 1,85
Segundo a empresa, os recursos da oferta da Infracommerce devem ser usados para melhora da estrutura de capital e para o processo de aquisições.
Do total, R$ 205 milhões já são objetos de compromissos e acordos celebrados com sócios e acionistas da companhia. Segundo a Reuters, ainda pode ser acrescido um lote adicional de 75 milhões de ações, além de uma emissão de 1 bônus de subscrição para cada 3 ações.
De acordo com o Pipeline, o Pátria se comprometeu a subscrever R$ 60 milhões, enquanto os principais acionistas devem aportar R$ 33 milhões. Os maiores acionistas da Infracommerce são a Compass (7,5%), seguida pela Flybridge Capital (7,1%) e a Alphorn Investments (7,1%).
Além disso, estimativas do Citibank apontaram que o follow-on pode gerar uma diluição de até 44% para os atuais acionistas.
Para estruturar a oferta de ações, a Infracommerce contratou o Itaú BBA.
Com Estadão Conteúdo