Odebrecht vende edifícios em Salvador para tentar reduzir custos

A Odebrecht S.A. vendeu o complexo de três edifícios onde fica localizado seu escritório, em Salvador. O objetivo da empreiteira é reduzir os custos e o seu endividamento, no meio de um processo de recuperação judicial.

A Odebrecht, gigante das construções e uma das maiores empreiteiras do Brasil, inciou sua história na Bahia. O fundador da empresa, Norberto Odebrecht, fundou o grupo há 75 anos em Salvador.

Saiba mais: Odebrecht deverá retomar nos próximos dias as negociações com bancos 

Os imóveis vendidos pela empreiteira têm 8,3 mil m² de área construída, em terreno de 26,5 mil m². A estrutura é tão grande que chega a abrigar parte de uma reserva de Mata Atlântica. Além disso, um centro de memória, com núcleo cultural e biblioteca, está localizado no local. Após a conclusão da venda, as visitas serão suspensas. A desocupação do imóvel será realizada até dia 30 de setembro.

Recuperação judicial da Odebrecht

Em junho a Odebrecht formalizou o pedido de recuperação judicial no Tribunal de  Justiça de São Paulo. O pedido tem como intuito o pagamento de dívidas que ultrapassam a quantia de R$ 90 bilhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/10/f9c35b8f-curso-imposto-de-renda-para-investidores.png

Esse é o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. A solicitação da Odebrecht não inclui a Braskem, a Ocyan, a empreiteira OEC, a Odebrecht Transport, o estaleiro Enseada e a Atvos.

“Tanto as empresas operacionais como as auxiliares e a própria Odebrecht continuam mantendo normalmente suas atividades, focadas no objetivo comum de assegurar estabilidade financeira e crescimento sustentável, preservando assim sua função social de garantir e gerar postos de trabalho”, informou a empresa em nota divulgada no dia do pedido de recuperação judicial.

Saiba mais: Odebrecht poderá perder posse de ações da Braskem para credores 

A empreiteira informou que R$ 51 bilhões correspondem a dívidas passíveis de reestruturação. As dívidas lastreadas em ações da Braskem, companhia petroquímica, são de R$ 14,5 bilhões.

A principal motivação que levou a empreiteira a pedir a recuperação judicial foi, além da falta de liquidez, os ataques que começou a sofrer pela Caixa Econômica Federal.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/BANNER-NOTICIA-DESK-1-1.png

O banco começou a atacar a empreiteira a partir do final de maio, desde que a produtora de etanol Atvos foi colocada em recuperação judicial. O crédito de R$ 500 milhões que a Caixa têm junto a essa instituição, com um aval da Odebrecht não foi executado. Entretanto, foram disparadas uma série de outras cobranças.

Carlo Cauti

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno