Odebrecht deverá retomar nos próximos dias as negociações com bancos

A Odebrecht deverá retomar nos próximos dias as negociações com os bancos. A informação foi divulgada neste domingo (28) pelo jornal “O Globo”.

Segundo o jornal, essa deveria sera a primeira rodada de negociações após o pedido de recuperação judicial apresentado pela Odebrecht no dia 18 de junho.

Há uma grande expectativa em relação à postura de um dos cinco maiores bancos credores nessa etapa das negociações, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Isso por causa da recente mudança em sua presidência.

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Com a chegada ao comando do BNDES de Gustavo Motenzano, o banco público de investimento poderia adotar um novo tom nas conversas. Por outro lado, outro banco público, a Caixa Econômica Federal, foi a instituição que mais demonstrou um comportamento hostil contra a Odebrecht.

Recuperação judicial

A Odebrecht formalizou o pedido de recuperação judicial no Tribunal de  Justiça de São Paulo. O pedido tem como intuito o pagamento de dívidas que ultrapassam a quantia de R$ 90 bilhões.

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Esse é o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. A solicitação da Odebrecht não inclui a Braskem, a Ocyan, a empreiteira OEC, a Odebrecht Transport, o estaleiro Enseada e a Atvos.

“Tanto as empresas operacionais como as auxiliares e a própria Odebrecht continuam mantendo normalmente suas atividades, focadas no objetivo comum de assegurar estabilidade financeira e crescimento sustentável, preservando assim sua função social de garantir e gerar postos de trabalho”, informou a empresa em nota divulgada no dia do pedido de recuperação judicial.

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A empreiteira informou que R$ 51 bilhões correspondem a dívidas passíveis de reestruturação. As dívidas lastreadas em ações da Braskem, companhia petroquímica, são de R$ 14,5 bilhões.

A principal motivação que levou a Odebrecht a pedir a recuperação judicial foi, além da falta de liquidez, os ataques que começou a sofrer pela Caixa Econômica Federal.

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O banco começou a atacar a empreiteira a partir do final de maio, desde que a produtora de etanol Atvos foi colocada em recuperação judicial. O crédito de R$ 500 milhões que a Caixa têm junto a essa instituição, com um aval da Odebrecht não foi executado. Entretanto, foram disparadas uma série de outras cobranças.

Carlo Cauti

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