As controladoras da Braskem (BRKM5), Odebrecht e Petrobras (PETR3;PETR4), estão planejando a mudança da petroquímica para o Novo Mercado da B3. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
O Novo Mercado da B3 só aceita companhias com ações ordinárias (ON), que dão direito a voto nas Assembleias Gerais. Ainda não houve uma reunião formal para tocar a operação. Entretanto, no começo do mês passado o presidente da Odebrecht, Ruy Sampaio, teve um conversa com Roberto Castelo Branco, presidente da Petrobras, para realizarem um acordo formal sobre o assunto.
A Odebrecht possui 38,3% de participação na Braskem. Em contrapartida, a Petrobras detém 36,1%. Aproximadamente 26% de todas as ações estão no mercado. Cerca de 97% das ações ordinárias estão nas mãos das sócias.
A discussão de governança irá acontecer em paralelo à negociação do contrato de nafta, que é a matéria-prima central da petroquímica. Cerca de 36% da nafta que a petroquímica Braskem consome é fornecido pela estatal petroleira. A outra parte é importada. Vale destacar que a Petrobras já chegou a fornecer 70% do nafta consumido pela petroquímica.
A Petrobras afirma há quatro anos que deseja sair da Braskem, entretanto recentemente, informou que gostaria de alienar as ações em bolsa de maneira rápida. A entrada da petroquímica no Novo Mercado seria importante para aumentar a demanda por sócios.
Braskem recebe R$ 3,7 bi após acordo judicial
A Braskem informou, em meados de janeiro, que aproximadamente R$ 3,7 bilhões voltaram ao caixa da empresa após um acordo judicial firmado com a Defensoria Pública de Alagoas.
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Deste valor, a petroquímica destinará R$ 1,7 bilhão ao Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que cuida de indenizações de pessoas que tiveram suas casas atingidas pelo afundamento de solo em Maceió (AL).
A estimativa da Braskem é de que o programa de apoio à desocupação previsto neste termo de acordo, e nas áreas anunciadas, envolva aproximadamente 17 mil pessoas.