Moody’s deixa de avaliar ratings da Odebrecht Engenharia e Construção
A agência de classificação de risco de crédito Moody’s informou nesta terça-feira (23) que deixou de avaliar o rating da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). De acordo com a agência, a empresa prestou informações inadequadas depois da decisão da empreiteira de cancelar a participação no processo de rating.
Em novembro de 2018, a Moody’s rebaixou a classificação da OEC para C. Foi a última vez que a agência de classificação de risco de crédito avaliou a empresa. De acordo com a agência, a construtora tem um débito de cerca de US$ 3,1 bilhões. Desses, US$ 2,9 bilhões são de bônus avaliado.
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A OEC é uma subsidiária da Odebrecht. O holding também controla a Braskem e outras empresas nos setores de óleo e gás, energia concessão de rodovias.
Restruturação da dívida
No último dia 4 de março, um grupo de credores internacionais da Odebrecht apresentou uma proposta de reestruturação da dívida. Segundo a proposta, os credores teriam mais de US$ 3 bilhão em bônus da empreiteira (cerca de R$ 11,11 bilhões).
A proposta de reestruturação da dívida da Odebrecht inclui uma extensão da maturidade por mais quatro anos. Além disso, os juros acumulados seriam pagos apenas em 2021. Dessa forma, o caixa da empreiteira seria preservado. Mas, ao mesmo tempo, não haveria redução no principal e nem diluição de capital.
A proposta também inclui uma melhoria do pacote de garantias. Entre elas, a proibição de distribuição de dividendos e outras formas de retorno de capital até que os títulos da dívida tenham sido totalmente amortizados.
O grupo credor também exige uma injeção imediata de US$ 375 milhões pela holding Odebrecht SA na Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). A OEC é a garantidora dos títulos.
Além disso, alguns ativos da Odebrecht, como ações da Braskem, seriam colocados como garantia. Entretanto, a proposta chega no momento em que a construtora negocia a fusão da Braskem com a europeia LyondellBasell.
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Mas a Odebrecht também já colocou sua participação na petroquímica como garantia da dívida bancária do grupo. Principalmente com bancos brasileiros que reúnem a maior parte do endividamento da empresa.
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