Os advogados da Odebrecht informaram à Justiça que a Caixa Econômica Federal agiu de “má-fé” ao solicitar a falência da construtora.
“As recuperadas (Odebrecht e algumas subsidiárias) requerem que a Caixa Federal se abstenha de adotar o comportamento temerário destacado nesta manifestação (a defesa da construtora), sob pena de aplicações de sanções processuais cabíveis nos termos do artigo 81 do Código do Processo Civil”, informa o documento enviado ao juiz na última segunda-feira (7) divulgado pelo jornal.
Desse modo, a construtora solicitou à Justiça que a estatal se abstenha de adotar posturas como da última semana. O juiz do caso deverá se posicionar nos próximos dias com alguma decisão sobre o pedido da construtora sobre a conduta da Caixa.
Na última quinta-feira (3), a Caixa Econômica Federal pediu, em documento judicial, a falência da Odebrecht.
O banco informou à 1ª Vara de Falências de São Paulo, que no prazo concedido de 60 dias, as empresas recuperandas “foram incapazes de evoluir minimamente em negociações com seus credores até mesmo para propor uma forma de pagamento básica”.
Confira Também: Odebrecht: Justiça de São Paulo defere pedido de recuperação judicial
Além disso, foi solicitado também uma convocação de assembleia de credores para deliberar sobre o plano de recuperação judicial e a substituição da atual gestão.
BB pede anulação de recuperação judicial da Odebrecht
O Banco do Brasil pediu, na última quinta-feira, à Justiça a anulação do plano de recuperação judicial da Odebrecht, obrigando a empresa baiana a apresentar uma nova oferta aos credores.
O Banco do Brasil é o segundo banco estatal não favorável ao projeto da Odebrecht, que é uma das mais envolvidas nos escândalos de corrupção citados na Operação Lava Jato.
Confira Também: Grubisich acusa grupo Odebrecht de fraude a credores
Nos últimos dias, além dos bancos, outras quatro instituições financeiras apresentaram objeções ao plano perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, e solicitaram uma convocação imediata da assembleia de credores, mas sem pedir a anulação completa da proposta.
As instituições (privadas e estatais) foram:
- Banrisul (estatal)
- Finep (estatal)
- Santander (privado)
- Votorantim (privado)
A Odebrecht formalizou o pedido de recuperação judicial no dia 17 de junho na Justiça de São Paulo. O pedido tem como intuito o pagamento de dívidas que ultrapassam a quantia de R$ 90 bilhões. Trata-se da maior recuperação da história do Brasil.