A construtora Odebrecht informou formalmente nesta segunda-feira (26) que sua subsidiaria OEC não vai pagar os juros de US$ 11,4 milhões vencidos há 30 dias.
Os juros se referiam a títulos de uma das emissões internacionais da Odebrecht.
A empresa tinha até o dia de hoje para honrar o compromisso, no chamado prazo de “cura”.
Os bônus foram emitidos pela Odebrecht Finance, mas foram garantidos pelo fluxo originado pelos resultados da OEC.
Esses títulos respondem, basicamente, por toda a dívida da construtora.
Além desse valor, há apenas US$ 150 milhões em dívidas bancárias.
O plano da construtora seria de reestruturar a integralidade dos títulos externos, que totalizam US$ 3 bilhões.
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Em una nota ao mercado, a Odebrecht anunciou a contratação do escritório Moelis & Company como assessor financeiro.
O escritório será responsável pelo dialogo com os investidores desses papeis.
Quatros grandes fundos, Alliance Bernstein, Fidelity, BlackRock e Gramercy, já se organizaram para as negociações.
Eles respondem por cerca de 40% do volume de todas as emissões da Odebrecht.
Esses investidores contrataram o Rotshild para a negociação da reorganização das dívidas da Odebrecht.
A alavancagem da Odebrecht passou para cerca de 10 vezes neste ano. A receita da empresa deverá ser cerca de US$ 2,5 bilhões e o Ebitda entre US$ 250 e US$ 30o milhões.
Em 2013, no auge de sua atividade e apenas um ano antes do começo da operação Lava Jato, a Odebrecht tinha uma receita de US$ 15 bilhões e um Ebitda de cerca de US$ 1,5 bilhão.