A Odebrecht e seus bancos credores estão reforçando as tratativas sobre o plano de recuperação judicial da empresa do setor de construção e engenharia. Ao passo que as conversas sobre esse processo são intensificadas, os credores também tentam decidir o que será feito em relação a petroquímica Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht.
As operações sobre a empresa controlada pela Odebrecht devem ganhar mais peso a partir da próxima semana. As negociações devem incluir:
- Pagamento de dividendo
- Execução de garantias
- Venda da empresa
A Braskem possui um monopólio na produção de polipropileno e poliestireno no Brasil. A receita anual da empresa fica acima dos R$ 50 bilhões. A petroquímica conta com 8 mil funcionários e é avaliada em aproximadamente R$ 26 bilhões na bolsa. Especialistas aguardam por informações, mas estimam que a empresa possa ser colocada a venda no ano que vem.
Os bancos que irão decidir o futuro da Braskem são:
- Itaú
- Bradesco
- Banco do Brasil
- BNDES
- Santander
Por conta da recuperação judicial da Odebrecht, estes bancos possuem 38% do capital da petroquímica. A Petrobras também detém parte das ações, sendo 36% pertencentes a ela.
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Plano de recuperação judicial da ODB
A Odebrecht está tentando agilizar a definição sobre o futuro das ações que se encontram em poder das instituições financeiras credoras. A Odebrecht possui R$ 101,5 bilhões em dívidas, levando em conta o compromisso de acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF).
A empresa precisa, entretanto, recompor R$ 65,5 bilhões. No dia 17 de junho, a empresa solicitou uma proteção contra os credores. As informações são do “Valor Econômico”.
Empresa da Odebrecht anuncia investimento de R$ 600 mi
A Atvos, empresa controlada pela Odebrecht, que está em recuperação judicial, afirmou, na última quarta-feira (25), que está analisando investir o montante de R$ 632 milhões. O valor aplicado seria utilizado para a produção de cerca de 2,1 bilhões de litros de etanol.
Em agosto, a empresa controlada pela Odebrecht propôs, em seu plano de recuperação, o pagamento de 40% da dívida, aproximadamente R$ 5 bilhões, em um prazo de 15 anos. As informações foram reveladas por fontes próximas ao assunto.