Odebrecht: BNDES requisita novo plano de recuperação judicial
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), comunicou em nota neste sábado (5), que pediu à Justiça uma contestação ao plano de recuperação judicial do grupo Odebrecht por avaliá-lo incapaz de salvar a empresa do risco de falência e requisitou a elaboração de um novo plano.
O BNDES questiona as bases do plano que foi apresentado pela Odebrecht, que tem o objetivo de equacionar suas dívidas de,aproximadamente, R$ 98 bilhões com o Banco.
A dívida da empreiteira é de mais de R$ 8 bilhões, e parte do volume tem como garantia as ações da empresa, que é considerada um dos melhores ativos do grupo, a petroquímica Braskem (BRKM5).
A assessoria de imprensa do BNDES informou que: “O BNDES apresentou ontem (4 de outubro) sua objeção ao plano de recuperação judicial da Odebrecht.”
“O BNDES considerou que a proposta não demonstra capacidade de recuperação da empresa”, acrescentou a nota.
Caixa e Banco do Brasil
A Caixa Econômica Federal pediu, em documento judicial, a falência da gigante de construções Odebrecht. A notícia foi divulgada pela agência “Reuters” na última quinta-feira (3).
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Segundo a agência “Reuters”, a Caixa quer também que o juiz permita aos credores a nomeação de novos administradores para a Odebrecht e suas subsidiárias em uma assembleia.
O Banco do Brasil pediu, também na quinta-feira, à Justiça a anulação do plano de recuperação judicial da Odebrecht, obrigando a empresa baiana a apresentar uma nova oferta aos credores. A informação foi noticiada pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
O Banco do Brasil é o segundo banco estatal não favorável ao projeto da Odebrecht, que é uma das mais envolvidas nos escândalos de corrupção citados na Operação Lava Jato.
Recuperação judicial da Odebrecht
A empresa formalizou o pedido de recuperação judicial no dia 17 de junho na Justiça de São Paulo. O pedido tem como intuito o pagamento de dívidas que ultrapassam a quantia de R$ 90 bilhões.
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Esse é o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. A solicitação da empreiteira não incluiu a Braskem, a Ocyan, a empreiteira OEC, a Odebrecht Transport, o estaleiro Enseada e a Atvos.
“Tanto as empresas operacionais como as auxiliares e a própria ODB continuam mantendo normalmente suas atividades, focadas no objetivo comum de assegurar estabilidade financeira e crescimento sustentável, preservando assim sua função social de garantir e gerar postos de trabalho”, diz a empresa em nota.
A Odebrecht informou que R$ 51 bilhões correspondem a dívidas passíveis de reestruturação. As dívidas lastreadas em ações da Braskem, companhia petroquímica, são de R$ 14,5 bilhões.