De acordo com um levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o comércio internacional de mercadorias das maiores economias do planeta, que compõem o G20, contraíram US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,56 trilhões) no primeiro semestre deste ano. A comparação é com o mesmo período de 2019.
Em referência ao segundo trimestre, a OCDE disse que as exportações das potências econômicas recuaram 17,7% na relação anualizada, enquanto as importações caíram 16,7%, em função dos fortes impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A organização, porém, observou que uma recuperação já pôde ser identificada em maio e junho após o colapso de abril, mês em que a atividade praticamente ficou estagnada devido às medidas de isolamento social. Os dados parciais de julho também apontam para melhora nas negociações.
De forma geral, as exportações dos países do G20 atingiram US$ 6,28 trilhões entre janeiro a junho deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado havia sido de US$ 7,33 trilhões. O segundo trimestre registrou uma queda de US$ 611,5 bilhões em comparação ao primeiro trimestre.
OCDE comenta sobre emergentes em meio à pandemia
Segundo a OCDE, a China foi a única economia dentre os maiores países que teve uma elevação de exportações no segundo trimestre, com um avanço de 9,1% frente a uma baixa de 9,3% no primeiro trimestre.
No entanto, as importações da segunda maior economia do planeta continuam com a tendência de queda, perdendo 4,9% no período, o que representa US$ 24,1 bilhões de compras realizadas fora de suas fronteiras.
Dentre os emergentes, a Índia e a Indonésia reportaram quedas sobretudo nas exportações, de 30,1% 15%, respectivamente. As importações tiveram uma baixa ainda mais acentuada, com -47,4% e -18,5%, demonstrando o impacto da crise econômica.
Quanto ao Brasil, a OCDE pontuou que os resultados também são negativos, mas em menor intensidade em comparação a seus pares. As exportações recuaram 7,2% no segundo trimestre frente ao período de janeiro a março, enquanto as importações contraíram 18,2% no mesmo período. A diferença das importações entre os dois trimestres foi de US$ 8,2 bilhões negativos.
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