A OAS, uma das maiores empreiteiras do país, corre risco de falir, segundo a “Folha de S.Paulo”, nesta segunda-feira (15). Tudo teve início em novembro de 2014, quando o presidente da empresa, Léo Pinheiro, foi preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.
No ano em que seu presidente foi preso, a OAS registrava uma receita bruta de R$ 7,7 bilhões. No entanto, sua situação a se agravar após a prisão, segundo os relatórios entregues à Justiça, e em 2015 foi aberta a recuperação judicial da companhia.
Nos últimos meses, a administradora judicial Alvarez & Marsal apontou em documentos que a situação da empreiteira é grave. Tanto que, em um dos documentos entregues à Justiça em abril, afirmou estar em dúvida sobre “a capacidade de soerguimento das suas atividades empresariais”.
Já em junho deste ano, a administradora da recuperação afirmou que o grupo está em “estágio crítica” e que depende de recursos extraordinários para se manter. Esses recursos são captados através da venda de ativos e antecipação de precatórios.
Isso porque os valores vindos das obras da empreiteira têm sido baixos, já que, desde o pedido de recuperação judicial, a empresa passou de 80 obras no Brasil e no exterior para cerca de 20.
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Recuperação e futuro da OAS
De acordo com a Alvarez & Marsal, devido as dificuldades da OAS em pagar seus fornecedores e funcionários, os pedidos para que a Justiça decrete a falência da empresa vem aumentando.
A situação tenha até foi aliviada por conta do repasse das ações da Invepar (uma holding de infraestrutura dona da concessão do aeroporto de Guarulhos e do metrô do Rio de Janeiro) para seus antigos credores que estão na recuperação judicial. Entretanto, a medida não foi suficiente para livrar a empresa da ‘caminhada’ para à falência.
Tanto que, após a análise dos relatórios entregados pela administradora, o Ministério Público cobrou explicações da empreiteira apontando que existe a possibilidade da mesma falir.
Agora a empresa aguarda a decisão da Justiça sobre encerrar ou não o pedido do processo de recuperação judicial em vigor, que aponta uma dívida de R$ 8 bilhões da OAS. Caso seja aceito, a empreiteira ficará exposta para que aconteça a sua falência.