A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) comunicou nesta quarta-feira (10) à Securities and Exchange Commission (SEC) que irá deslistar as American Depositary Receipts (ADRs) do grupo Latam, a partir de 22 de junho.
As regras da bolsa de valores permitem a suspensão ou remoção da lista de títulos de uma empresa em recuperação judicial, ou que tenha interesse em entrar com o processo. O grupo Latam e suas subsidiárias protocolaram um pedido de recuperação judicial no final de maio em Nova York.
A NYSE realizou a mesma medida, de deslistar as ADRs da Avianca Holdings pelo mesmo motivo, desde o dia 8 deste mês. A companhia aérea realizou solicitação semelhante nos Estados Unidos.
A Latam foi notificada, no dia 26 do mês anterior, por telefone e por carta sobre a intenção da bolsa de iniciar um processo de exclusão de registro de seus títulos. Nesse sentido, a aérea tinha até o dia 9 para entrar em contato com a Nyse e solicitar uma revisão da decisão, no entanto a companhia não realizou o pedido.
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Com a notícia, as ações da Latam cotadas na bolsa de valores do Chile registraram uma queda de 21,62%, para 1.450 pesos chilenos. No dia anterior, as ADRs da empresa haviam apresentado uma alta de 10,31% em Nova York, para US$ 3,21.
Latam tem prejuízo líquido de R$ 11,7 bilhões no 1T20
A Latam Airlines reportou um prejuízo líquido de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 11,74 bilhões) no primeiro trimestre de 2020. Enquanto, a receita da empresa encolheu 6,8% na comparação anualizada, indo para US$ 2,35 bilhões (cerca de R$ 12,54 bilhões).
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“A perda contábil é uma consequência natural do impacto da Covid-19 sobre toda a indústria, e naturalmente os ativos das empresas aéreas se desvalorizaram diante da impossibilidade de operar”, afirmou o CEO da Latam, Roberto Alvo, em comunicado.
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