Nuvini repensa IPO na Nasdaq após ver desempenho de Vtex e Zenvia

Após ver o processo de duas brasileiras que abriram o capital no exterior, a startup Nuvini, uma holding de empresas de software, decidiu pisar no freio e repensar o seu plano de oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) nos Estados Unidos, que estava prevista para 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Nuvini analisou que o tombo de 21,5% da Zenvia (ZENV) na estreia em Nasdaq (mesma bolsa que é mirada pela Nuvini) se deu porque a startup depende de clientes brasileiros, ou seja, o Brasil é responsável por mais de 80% de seu faturamento. Já o salto de 17% da Vtex (VTEX) foi por causa de sua maior diversificação geográfica, com 50% do faturamento vindo do exterior. Portanto, a Nuvini entendeu que precisa expandir suas fronteiras.

A Nuvini não cancelou o processo, como vem ocorrendo com diversas companhias aqui no Brasil, mas decidiu consolidar primeiro sua expansão internacional. Com isso, a startup chamou Andres Bilbao, cofundador da Rappi, para impulsionar a companhia nos países vizinhos da América Latina.

Até 2025 a startup mira ter um número semelhante ao da Vtex, com cerca de 30% a 40% das receitas vindo do exterior. Na mesma lacuna de tempo, a empresa visa um faturamento de R$ 4 bilhões ao ano.

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Em junho, Nuvini projetava IPO no exterior

Em junho, em entrevista exclusiva ao SUNO Notícias, o Diretor Executivo (CEO) da Nuvini afirmou que via o mercado americano com bons olhos, sendo mais receptivo à abertura de capital de uma empresa de tecnologia.

“Nós vamos acessar o mercado de capitais, provavelmente em um horizonte de 12 a 18 meses. Nossa preferência é por listar na Nasdaq“, comentou.

A busca por investidores internacionais vem se tornando um caminho comum para empresas de tecnologia brasileiras, que conseguem melhores valuations em um mercado mais maduro em relação às inovações.

A startup se inspirou no conglomerado de tecnologia canadense Constellation para tornar-se uma holding de empresas de software. Como forma de impulsionar seu IPO, a Nuvini também acelera nas aquisições, com enfoque em companhias B2B, com R$ 15 a R$ 50 milhões de faturamento – visando R$ 450 milhões de faturamento ao fim de 2021.

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Eduardo Vargas

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