A maior fintech da Europa, a alemã N26, atuante em 24 países da zona do euro, será a nova concorrente da Nubank no Brasil. Fundada em 2013, assim como o unicórnio brasileiro, a startup europeia já está preparando a sua chegada ao País.
Entretanto, a missão da N26 no Brasil não será fácil. A startup enfrentará a concorrência não só da Nubank, líder do segmento, mas também do Banco Inter (BIDI11), Next, Neon, C6, entre outros. Esse mercado está em ascensão.
Em entrevista ao Yahoo! Finanças, Eduardo Prota, diretor geral da operação do N26 no Brasil, disse que “sabemos que transformar um mercado tradicional como o bancário requer muita energia e trabalho árduo”.
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“Portanto, respeitamos o esforço e reconhecemos o mérito de todos os bancos digitais que atuam no mercado brasileiro, que construíram o segmento no país”, afirmou Prota.
N26 enfrentará concorrência
A concorrência a ser enfrentada pelo N26, segundo Prota, pode ser um estímulo, e não uma desvantagem para a startup europeia. Uma das razões para o Brasil ter sido escolhido como próximo país a receber o banco digital é pelo motivo de já ter se acostumado com o tipo de serviço virtual oferecido.
Ademais, a companhia acredita ter encontrado no Brasil os mesmos entraves que impulsionam seu sucesso na Europa, “como os custos abusivos, a falta de transparência e uma experiência que deixa muito a desejar no sistema bancário tradicional”, afirmou o executivo.
No Velho Continente, o N26 oferece três tipos de contas para uso pessoal e mais dois tipos de contas para uso corporativo. São elas:
- N26: cartão de crédito sem anuidade e saques gratuitos em euro
- N26 You: com mensalidade de 9,90 euros por mês, incluindo seguro para cartão, descontos em compras e saques disponíveis vários países
- N26 Metal: 16,90 euros por mês, com outros descontos e “experiências exclusivas”
- N26 Business: cartão de crédito gratuito, além de 0,1% de cashback e saques ilimitados em euros
- N26 Business You: 9,90 euros por mês, incluindo seguro para o cartão e saques sem taxa em qualquer moeda de qualquer país que o banco atue
Entretanto, a operação do N26 no Brasil ainda não definiu quais dos planos estarão no País, ou se serão lançados outros modelos de negócios.
“Estamos estudando em profundidade os diferentes modelos para operar no Brasil e suas implicações – desde a parceria com algum banco local até as licenças que a regulamentação mais recente do Banco Central permite”, afirmou Prota.
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A companhia disse que está realizando estudos para entender qual produto terá mais aderência no mercado brasileiro. Parte da equipe já está em atividade em São Paulo.
Todavia, não há nenhuma informação sobre a data de lançamento do N26 no País. “A timeline do projeto pode ser impactada por decisões que ainda estão sendo tomadas. Comunicaremos o mercado dos próximos passos quando fecharmos algumas das frentes em discussão no momento”, disse o executivo.