O Nubank registrou prejuízo líquido de R$ 230 milhões em 2020, déficit 26% menor em relação ao resultado de 2019. Segundo a empresa, porém, esse número é uma “uma decisão de negócio”.
Apesar de manter a tradição em fechar os anos no vermelho, trata-se do primeiro recuo anual expressivo do prejuízo da fintech. Até antes do balanço divulgado na manhã desta quinta-feira (18), a empresa, que está no vermelho desde a fundação, em 2013, só tinha diminuído o prejuízo em 2017, mas em valores bem menores. À época, o resultado negativo caiu de R$ 122 mil para R$ 116 mil.
Segundo o comunicado, assinado pelo CFO do Nubank, Guilherme Lago, a diminuição do prejuízo se deve a um ritmo maior de expansão para as receitas em comparação às despesas. As receitas com intermediação financeira cresceram 79% em 2020, para R$ 5 bilhões. “É muito significativo. Só no segundo semestre de 2020, as receitas foram quase equivalentes ao ano inteiro de 2019”, escreve o executivo.
Mais uma vez, o Nubank ressaltou no comunicado que o prejuízo é uma decisão, uma vez que a empresa tem buscado reinvestir o que entra em equipes, serviços e produtos.
Nubank escolhe crescer ao invés de lucrar
“Escolhemos, agora, seguir investindo a margem que geramos em times, serviços e produtos, em vez de já realizar lucro. Podemos gerar lucro a qualquer hora, mas, neste estágio da nossa empresa, queremos seguir crescendo junto com os nossos clientes. Esse modelo é adotado por algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo e tem o apoio dos nossos investidores. “, explica Lago.
A fintech terminou 2020 com R$ 29 bilhões em recursos depositados, volume 2,6 vezes maior que o de 2019, e com 33 milhões de clientes, avanço de 68%. Nesta semana, a companhia chegou à marca de 35 milhões de usuários.
As transações no cartão de crédito, primeiro e principal produto do Nubank no mercado, somaram R$ 95 bilhões no ano passado, expansão de 49% em relação a 2019.
(Com Estadão Conteúdo)