A venda de 25 milhões de ações do Nubank (ROXO34) pelo CEO e cofundador da fintech, David Vélez, realizada nesta quarta-feira, servirá para financiar atividades filantrópicas do executivo, de acordo com a fintech. Ao preço de tela, a negociação movimentou US$ 191 milhões, o equivalente a R$ 952,4 milhões.
“Como registrado em formulário enviado à SEC, a CVM americana, David Vélez, fundador e CEO do Nubank, vendeu, através da Rua California Ltd, 25 milhões de ações de classe A, o que representa menos de 3% dos papéis que ele detém do Nubank e 0,5% do capital total”, afirma a fintech.
“A venda é totalmente motivada por fins de planejamento patrimonial e para dar suporte às atividades filantrópicas de Vélez”, complementa o texto. Dono de cerca de 21% do Nubank e parte do bloco de controle do neobanco, Vélez se comprometeu a doar em vida a maior parte de sua fortuna para projetos sociais.
De acordo com a revista Forbes, Vélez e família têm uma fortuna estimada em US$ 7,6 bilhões, o que o coloca na 306ª posição no ranking de bilionários da revista. Ele é a pessoa mais rica da Colômbia, país em que a revista o situa, mas, no Brasil, ficaria na sexta posição.
A venda de ações de classe A do Nubank foi intermediada pela corretora do JPMorgan, de acordo com documentos enviados à SEC, e aconteceu um dia após o Nubank informar os resultados do segundo trimestre deste ano. O lucro líquido da fintech, de US$ 225 milhões, veio 31% acima da estimativa do Prévias Broadcast, e gerou reações positivas entre analistas.
As ações do Nubank, entretanto, caíram 3,41%, e fecharam negociadas a US$ 7,64 na Bolsa de Nova York. No ano, os papéis sobem 87,71%, com o maior otimismo do mercado em relação ao crescimento da fintech em um cenário de queda da Selic.
Nubank (ROXO34): ações mudam o sinal e fecham em queda após divulgação do balanço do segundo trimestre
As ações do Nubank (ROXO34) chegaram a disparar no Ibovespa nesta quarta-feira (16), um dia após a divulgação do balanço do segundo trimestre deste ano. Mas, na B3, o papel perdeu força durante o pregão e acabou fechando em queda de 1,55%, a R$ 6,35.
O Nubank reverteu prejuízo e teve lucro de US$ 224,9 milhões entre abril e junho de 2023, revertendo prejuízo de US$ 29,9 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O resultado considera os números da holding, que inclui também as operações no México e Colômbia
Perto das 13h30, as BDRs do Nubank subiam 2,02%, a R$ 6,58.
O lucro ajustado do Nubank somou US$ 262,7 milhões, bem acima do resultado ajustado de US$ 17 milhões de um ano antes. O retorno do banco digital (ROE, em inglês) foi de 19% no segundo trimestre.
O resultado do lucro do Nubank no 2T23 superou média das estimativas dos analistas consultados pelo Broadcast (US$ 170,4 milhões). A expectativa da XP era de US$ 191 milhões de lucro para o resultado do Nubank no 2T23.
“O segundo trimestre do Nubank teve um sucesso operacional significativo”, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o fundador e presidente do Nubank, David Vélez. O resultado foi impulsionado pelo aumento dos clientes e também pelas pessoas usando mais produtos do banco digital.
Entre abril e junho, foram adicionados 4,6 milhões de clientes. Ao final de julho, ou seja, após o segundo trimestre, a fintech ultrapassou a marca de 85 milhões de clientes globalmente e 80 milhões no Brasil. Segundo Vélez, são 1,5 milhão de novos clientes a cada mês, em média.
Com mais clientes e novos produtos, o Nubank registrou receitas de US$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, um novo recorde histórico, o que representa um aumento de 60% em relação ao segundo trimestre de 2022, em base neutra de câmbio.
A receita média mensal por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês), indicador monitorado de perto em bancos digitais, atingiu US$ 9,30, superando pela primeira vez a marca de US$ 9,00 e também acima da previsão dos analistas. O crescimento do Nubank nesse indicador foi de 18% em 12 meses.
Com Estadão Conteúdo