Nubank (ROXO34) tem trimestre forte com eficiência recorde, diz Itaú BBA

O Nubank (ROXO34) teve mais um trimestre de crescimento dos lucros, combinado com tendências positivas de expansão dos negócios, avaliam os analistas do Santander e Itaú BBA.

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Nesta semana, os resultados do 1T24 reportaram o lucro líquido do Nubank de US$ 379 milhões, 5% maior em relação ao trimestre anterior e 8% acima da previsão do banco, com um ROAE de 8%.

Os analistas do Santander Henrique Navarro, Anahy Rios e Arnon Shirazi avaliam que a receita de juros foi forte, superando a estimativa em 18%, sendo compensada por provisões acima do esperado (+36%) e despesas financeiras (+15%).

Apesar disso, a qualidade dos ativos na visão dos analistas foi um ponto negativo e pode levantar algumas preocupações quanto à deterioração da qualidade do crédito nos próximos trimestres.

Ainda sobre o lucro do Nubank, os analistas do Itaú BBA, Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, apesar do dado estar teoricamente abaixo das estimativas do banco e do consenso – de US$ 400 milhões –, as tendências operacionais subjacentes vieram muito fortes.

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Comprar ou vender Nubank? Analistas do Itaú e Santander discordam

“A eficiência melhorou para um recorde de 32%”, ressalta o relatório do BBA.

Dessa forma, os analistas classificaram as ações como outperform (“compra”), com um preço-alvo na Nubank de US$ 13,00 até o final de 2024, ao passo que as ações do Nubank são negociadas hoje a US$ 11,96. “Embora não seja um desempenho exato acima das expectativas, foram observadas tendências operacionais sólidas para o que normalmente é o trimestre mais lento do ano”, assinam os analistas.

Por outro lado, o Santander apresentou mais decepção com os dados, mantendo a classificação de Underperform (“venda”) para os ativos, com o target price fixado em US$ 8,00.

Alguns dos pontos levados em consideração pelo Santander em sua avaliação foram:

  • Expansão da carteira de empréstimos de 52% na comparação anual, com quase 25% concentrados empréstimos pessoais;
  • Na geração de crédito no Brasil, o Nu originou R$ 12,3 bilhões no 1º trimestre de 2024, a maior parte sem garantia, embora com aceleração nos empréstimos consignados;
  • As despesas com juros foram 15% acima das expectativas, com o aumento do custo de financiamento devido principalmente a depósitos provenientes do México;
  • Aumento da taxa de inadimplência acima de 90 dias em 20 pontos-base em relação ao trimestre anterior, para 6,3%, enquanto o banco não esperava nenhuma mudança.

Apesar dos pontos negativos apresentados, a receita de juros foi uma surpresa positiva, 18% acima da estimativa, graças a uma maior carteira de renda de juros e ao aumento do NIM (margem líquida de juros) do Nubank.

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Camila Paim

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