Em análise sobre as ações do Nubank (ROXO34) especialistas da XP reiteraram sua recomendação neutra para os papéis. Na ocasião, levantaram discussões sobre a deterioração nos indicadores de qualidade de crédito.
“Reconhecemos que a modelagem de risco é um campo complexo e que certas decisões comerciais podem impactar as práticas de provisionamento. No entanto, acreditamos que as práticas recentes para lidar com uma potencial deterioração na qualidade de crédito aumentam o risco do caso”, diz a XP sobre o Nubank.
A tese da XP para as ações do Nubank é que ‘as coisas melhoram antes de piorar’.
“No Brasil, os titulares de cartões geralmente pagam suas compras em dinheiro ou em parcelas sem juros, gerando receita de intercâmbio. Quando esses clientes encontram dificuldades para pagar suas faturas, recorrem a empréstimos, o que gera receita de juros para o banco. Em outras palavras, antes de entrar em inadimplência, esses clientes se tornam mais lucrativos para a instituição financeira”, diz a casa.
“No final de 2022, cerca de 20% da carteira do banco estava exposta a juros (em comparação com 26% do SFN). Hoje esse número subiu para cerca de 30% da carteira do Nubank, enquanto o SFN caiu para 23%. Portanto, temos dúvidas sobre a sustentabilidade do ROE de 40% para as operações no Brasil. A carteira é fortemente influenciada pelo crescimento, mas as provisões podem não refletir o per l de risco mais elevado”, completa.
Desempenho das ações do Nubank
As ações do Nubank subiram 2,23% nesta quinta-feira (7) na NYSE. Em uma janela de 12 meses, os papéis sobem 136%.