O Nubank (ROXO34) pretende criar um “banqueiro pessoal” para cada cliente do banco digital, revelou o Diretor de Produto Jag Duggal, em entrevista a analistas do BTG Pactual nesta segunda-feira (20).
Na avaliação dos especialistas, a inovação do Nubank “seria uma revolução para o sistema financeiro”.
Em tom elogioso, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura que assinam o relatório, comentam como o Nu conseguiu crescer de forma a passar de uma empresa brasileira de cartões de crédito para um banco latino-americano de solução completa.
“[O Nubank] deu o salto de que o modelo de negócios era exportável e não um fenômeno exclusivo do Brasil. O objetivo é construir um banqueiro pessoal e colocá-lo no seu bolso”, comentam os analistas.
Mais detalhes sobre como funcionaria esse banqueiro pessoal ainda não foram divulgados.
Tecnologia e democratização de serviços no Nubank
O Diretor de Produtos do Nubank falou ao BTG “extensivamente sobre a obsessão do Nu com seus clientes, sua mentalidade de propriedade e seu foco em criar produtos que são ‘fundamentalmente diferentes’ em vez de ‘incrementalmente melhores'”, conforme conta o relatório.
Segundo Jag, os produtos do Nubank só são continuados quando, em fase de testes, 50% dos clientes afirmam que “ficariam extremamente desapontados” se a ferramenta fosse descontinuada.
Na visão do executivo, apesar de usufruírem de muita tecnologia embutida e múltiplos testes, ainda é incentivado fazer telefonemas pessoalmente para clientes, o que ele acredita fazer uma diferença significativa.
O diretor ainda comentou que um dos objetivos do Nubank é ser um banco global usando a mesma plataforma/base tecnológica bancária, enquanto outros bancos globais surgiram por meio de fusões e aquisições e usaram diferentes sistemas bancários centrais.
“Ter tudo na mesma plataforma é muito poderoso e uma vantagem competitiva significativa para o Nubank, com uma diluição de custos imensa”, relatam os analistas do BTG.
Por fim, os analistas ainda ressaltam o salto de democratização que o Nubank conseguiu, com potencial de atendar 8 bilhões de pessoas com o que atualmente apenas 10 milhões têm acesso.