Nubank (ROXO34): Itaú BBA mantém recomendação de compra de olho em expansão rápida de clientes
A recomendação do Nubank (ROXO34) para os analistas do Itaú BBA segue positiva em classificação de outperform (“compra”).
Considerado “uma das nossas principais escolhas no setor financeiro do Brasil”, os analistas do BBA Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard avaliam as ações do Nubank em um bom momento, diante do cenário de crescimento do banco digital.
“O Nu continuou a aumentar a penetração de crédito por cliente em um ritmo rápido, como mostrado no primeiro trimestre. Ao expandir a oferta de produtos, a elegibilidade dos clientes e/ou aumentar o limite por cliente, o ROXO34 monetiza mais e ganha relevância entre os brasileiros de renda média-alta na sua base de cerca de 90 milhões de clientes”, comentam os analistas.
“O sucesso na estratégia é crucial para os lucros e para a trajetória de longo prazo“, afirmam analistas do BBA sobre Nubank (ROXO34).
Além disso, na avaliação do BBA, as métricas de crédito do Nubank subjacentes permanecem saudáveis e os indicadores macroeconômicos são favoráveis, o que deve refletir no crescimento do lucro nos próximos trimestres – assim como um portfólio de maior risco.
Com isso, a indicação do banco segue para comprar ações do Nubank (“outperform”), com o valor justo para o final de 2024 mantido em US$ 13, alterar demais estimativas. Na visão do banco, as ações estão sendo negociadas a 24x P/L de US$ 2,1 bilhões em 2024 e 15x em 2025.
Estimativas do Itaú BBA para o Nubank
No panorama atual, o crédito total por cliente ativo cresceu 20% em termos anuais no 1T24, com crédito com juros por cliente subindo 45% devido ao aumento dos empréstimos pessoais e parcelamentos de cartão.
O resultado pode ter sido impulsionado por mais ofertas de produtos (por exemplo, crédito Pix, FGTS, folha de pagamento) e maior apetite de crédito por cliente (limites, duração, renegociações), com mais clientes se tornando elegíveis para crédito.
Além disso, as provisões cresceram 40% em comparação ao trimestre anterior. “O Nubank está ‘consumindo’ mais da renda dos clientes ou permitindo a entrada de clientes potencialmente mais arriscados. Isso naturalmente exige mais provisões de risco de crédito na concessão”, comenta o BBA.
Expandindo sua presença no mercado bancário, o Nubank agora responde por 21% das originações de empréstimos pessoais e 26% do mercado nacional de parcelamento de cartão de crédito (refletindo o financiamento Pix).
Com uma visão otimista, os analistas do BBA também mantêm a estimativa de US$ 2,1 bilhões para o Nubank, acima do consenso, aproveitando ainda a penetração de crédito no Brasil e a expansão dos negócios no México. “Esperamos um ROE lucrativo de 30% em 2024, bem como avanços em áreas-chave que apoiam as previsões de longo prazo”, completam.