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Gestora do Nubank (ROXO34) estreia na oferta de fundos para investidores institucionais

Nubank (ROXO34)

Nubank (ROXO34). Foto: Divulgação

A gestora de fundos de investimentos do Nubank (ROXO34) deu início à estratégia de explorar o universo multibilionário dos investidores institucionais.

A Nu Asset Management firmou um acordo de distribuição com a Itajubá Investimentos Assessores de Investimentos (AI), empresa com 17 anos e, aproximadamente, R$ 45 bilhões de ativos distribuídos para mais de 400 fundos de pensão e Regimes Próprio da Previdência Social (RPPSs), que são os sistemas de previdência pública para aposentadoria e pensão dos servidores de Estados e municípios.

“Atender o institucional é uma evolução do que a Nu Asset está fazendo. É um processo natural do ano passado para cá, quando começamos no segmento de ETFs (fundos negociados em Bolsa e muito utilizados por investidores grandes)”, afirmou o diretor executivo Andrés Kikushi, da Nu Asset Management, que tem R$ 3,8 bilhões sob gestão.

Começar agora a distribuir fundos para os institucionais aproveita uma janela importante do mercado financeiro, segundo a gestora. No próximo dia 15 de agosto, há o vencimento de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). O vencimento vai derramar um montante de mais de R$ 225 bilhões no caixa de todo tipo de investidor, inclusive do institucional que, geralmente, aplica parte relevante de seus recursos em títulos soberanos.

“De forma geral, faz bem começarmos com uma estratégia líquida”, afirma o sócio-fundador da Itajubá Investimentos AI, Carlos Garcia. O fundo de estreia da gestora do Nubank é de renda fixa, referenciado DI com perfil mais conservador e prazo de liquidação de resgate de um dia útil.

“Enxergamos outros produtos que virão na sequência”, afirma Garcia, sem detalhar quais serão os próximos passos. Ele destaca o espaço de crescimento nas carteiras dos fundos previdenciários de ativos de crédito privado, especialmente os chamados high grade, que possuem boas notas ou ratings, muitas vezes equivalentes ao rating de um título soberano.

Garcia argumenta que 78% dos recursos dos fundos de pensão estão alocados em renda fixa. “Mas desses 78%, só 7% são crédito privado. Há muito espaço para crescer”, argumenta.

Atualmente, existem mais de 240 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) com mais de R$ 1,2 trilhão de ativos. Os RPPSs são mais de 2,1 mil, com aproximadamente R$ 325 bilhões.

O fundo de estreia da Nu Asset no mundo dos investidores institucionais é o Nu Renda Fixa Institucional Referenciado DI FIC FI. Pela regulamentação vigente, o fundo pode ter até 50% de títulos de crédito privado.

O restante da carteira deve ser composto por ativos de baixo risco, como títulos públicos e operações compromissadas. A taxa de administração cobrada pela gestora do Nubank é 0,4% ao ano e a liquidez, alta. A cotização para resgate é no mesmo dia e a liquidação em um dia útil.

Com Estadão Conteúdo

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