Em novo parecer sobre as ações do Nubank (ROXO34), analistas do BTG Pactual reiteraram sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de US$ 8.
O relatório enviado a clientes foi motivado por dois fatores: a recente entrevista do CEO do Nubank, David Vélez concedida ao podcast 20VC, e o anúncio da companhia de uma captação de milhões de dólares para expandir sua operação na Colômbia.
Segundo a casa, o empréstimo com o IFC, que foi aumentado de US$ 150 milhões para US$ 265 milhões, ‘reafirma a confiança do IFC e dos mercados financeiros no crescimento do Nubank e do seu potencial na Colômbia’.
“O financiamento adicional, proveniente de várias grandes instituições, impulsionará o Nubank operações crescentes e expandir significativamente o acesso aos seus serviços financeiros no país. De acordo com o comunicado de imprensa, os US$ 115 milhões adicionais não só ultrapassaram todos expectativas devido à magnitude do desembolso, mas também representaram um operação sem precedentes”, diz o BTG.
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Segundo o BTG, o grande destaque é o fato de que o investimento é o primeiro da instituição em um banco digital na América Latina e no Caribe, embora o IFC tenha investido capital e dívida em outros provedores de serviços financeiros digitais.
“O aumento da captação também demonstra a força do Nubank e reforça confiança no seu compromisso com a Colômbia. Em pouco mais de dois anos, o Nubank já ultrapassou 700 mil clientes em mais de 80% dos municípios”, ressaltam os especialistas.
Atualmente, 1 em cada 10 adultos na Colômbia se inscreveu para se tornar um Nubank cliente.
Nubank, Inteligência Artificial e fatia de market share
No caso da entrevista do CEO do roxinho, o BTG destacou que o executivo declarou que 1 em cada 2 pessoas no Brasil tem conta no Nubank e disse que o cartão de crédito do Nubank no México tem o maior NPS de qualquer produto de consumo no mundo.
“Ele também compartilhou o que acredita serem os principais motivos pelos quais o Nubank cresceu tão rápido e as maiores oportunidades não óbvias que o Nubank ‘surfou’ 10x aqui”, disse Vélez.
O executivo ainda disse que ser banco exige muita “profundidade”.
“Ele prefere ser muito relevante/profundo em alguns países em vez de ser ‘superficial’ em dezenas. Nesse sentido, a América Latina oferece um mundo de oportunidades: 3º maior PIB do mundo e 650 milhões de pessoas”, destacam os especialistas do BTG.
“Os problemas na América Latina são muito diferentes e mais diversos do que aqueles que as empresas do Vale do Silício enfrentaram nos países desenvolvidos. Por exemplo, muitas pessoas na América Latina não têm acesso à educação, serviços financeiros ou cuidados de saúde”, seguem.
Os analistas ainda ressaltaram que o banco investe em inteligência artificial e espera atender integralmente clientes de alta renda digitalmente.
As projeções do Nubank são de que isso ocorra “talvez não em 2 anos, mas definitivamente dentro de 5 a 10 anos”. Vélez enfatizou que a IA será o banco ou banqueiro no bolso de todos.