Nubank (ROXO34): lucro salta 167% no 1T24, para US$ 378,8 mi, e receita atinge novo recorde

O Nubank (ROXO34) registrou um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), conforme novo balanço divulgado nesta terça-feira (14).

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Quando comparado ao lucro reportado no mesmo período do ano passado (1T23), de US$ 141,8 milhões, o resultado do Nubank apresentou um aumento de 167%.

Enquanto isso, o lucro líquido ajustado alcançou US$ 442,7 milhões no 1T24, ante o resultado observado no 1T23, que tinha sido de US$ 182,4 milhões.

O balanço do Nubank também destacou um novo recorde para as receitas, que somaram US$ 2,7 bilhões, o que corresponde a uma alta de 64% na comparação anual, puxada pelo aumento do crédito, com o avanço de linhas como empréstimo pessoal e cartão de crédito.

O Nubank também reportou um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 23% ao ano no 1T24, ou ainda, 27% em termos ajustados. As receitas do banco digital totalizaram US$ 2,7 bilhões no período, um montante 64% maior na comparação anual, considerando o valor neutro de câmbio.

O banco digital destaca que o custo médio mensal por cliente ativo permaneceu próximo de US$ 0,9 que, conforme destaca o balanço de resultados do Nubank, esse fator indica a “forte alavancagem operacional do modelo de negócios

O Nubank também reportou uma carteira de crédito de US$ 19,6 bilhões, cerca de 53% acima do valor registrado no 1T23, que tinha sido de US$ 12,8 bilhões.

No Brasil, o número de clientes do Nubank atingiu a marca de 91,8 milhões no final do primeiro trimestre de 2024. Na comparação anual, o crescimento foi de 22%. Já no mês de maio, a companhia somava 92 milhões.

Outros resultados do Nubank

O retorno anualizado sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) do banco digital saiu de 11% há um ano e fechou o primeiro trimestre em 23%, e chega a 27% se considerar o resultado ajustado, nos dois casos um dos mais altos do sistema bancário brasileiro. O BTG Pactual (BPAC11) fechou o primeiro trimestre com 22,8%. No Itaú (ITUB4), o indicador consolidado ficou em 21%. No caso do banco digital, se for considerar apenas a operação do Brasil, a rentabilidade sobre o patrimônio supera 40%.

“Mesmo em um trimestre sazonalmente fraco conseguimos superar as expectativas e ter retorno sobre o capital de mais de 27%”, disse o diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, ao Broadcast. Os três primeiros meses do ano costumam ser marcados por maior inadimplência e perda de fôlego do consumo, por causa dos maiores gastos das pessoas de final de ano.

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Nubank no 1T24: alta na carteira de crédito pessoal

No 1T24 do Nubank, a inadimplência de curto prazo, para atrasos entre 15 a 90 dias, subiu de 4,1% do final do quarto trimestre de 2023 para 5% em março. Para atrasos acima de 90 dias subiu de 6,1% para 6,3%.

Lago observa que, além de a sazonalidade explicar a alta dos números, o Nubank aumentou sua carteira de crédito pessoal, uma linha mais arriscada e, portanto, mais rentável. Em um ano, a carteira do segmento saiu de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Com isso, subiu de uma participação de 18% da carteira para 23% ano final do primeiro trimestre, porcentual que tende a continuar em expansão, segundo o executivo.

Para os próximos trimestres, Lago não descarta novos aumentos de inadimplência. “Esperamos que a inadimplência do Nubank fique estável ou até aumente, porque empréstimo pessoal vai continuar crescendo mais rápido que cartão”, disse ele. “Não estamos em um negócio de minimizar indicadores de inadimplência, estamos em um negócio de maximizar a receita ajustada pelo risco.”

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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