O Nubank recebeu, no início de junho deste ano, um aporte de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,65 bilhão), realizado em uma nova rodada de investimentos de private equity. A informação, ainda não divulgada oficialmente pela fintech brasileira, foi apresentada à U.S. Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, por meio de um documento.
Embora o documento apresentado à autarquia estadunidense não especifique os participantes da oferta, tampouco reafirme o atual valuation da empresa, está assinado por Douglas Leone, fundador da fintech, Nicolas Szekasy, do fundo de investimento Sequoia Capital, Nicolas Szekasy, do fundo Kaszek Ventures, e Meyer Malk, do fundo Ribbit Capital. Os três fundos já eram investidores do Nubank anteriormente.
Além desses acionistas, a empresa brasileira também possui como investidores Tiger Global, Redpoint Ventures, Dragoneer Investment Group e a chinesa Tencent. Ao todo, são 15 sócios.
A empresa já recebeu aportes em 11 rodadas de investimento, a um montante total que chega a US$ 1,4 bilhão (cerca de 7,7 bilhões), de acordo com o Crunchbase, plataforma que disponibiliza informações comerciais sobre empresas privadas e públicas. O último investimento que o Nubank havia recebido foi em julho de 2019, de US$ 400 milhões.
Nubank encerra o primeiro trimestre com R$ 20 bilhões em caixa
O Nubank apresentou, no último sábado (22), seu balanço financeiro referente ao primeiro semestre deste ano. Dentre os destaques do período, a fintech pontuou que encerrou junho com R$ 19,9 bilhões em caixa, embora tenha tido um prejuízo líquido de R$ 95 milhões.
Além disso, as receitas de intermediação financeiras mais do que dobraram (+104%) em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 2,079 bilhões. A fintech terminou o primeiro semestre com 26 milhões de clientes, frente a 11 milhões em junho de 2019 — uma média de 41 mil novos clientes por dia.
Quanto ao prejuízo, a empresa ressaltou que se trata de uma decisão estratégica. “Escolhemos investir na empresa, nas pessoas e no desenvolvimento de novas tecnologias para continuar entregando a melhor experiência aos nossos clientes. Este modelo é bastante conhecido e usado por empresas de tecnologia”, disse Marcelo Kopel, CFO do Nubank e ex-Itaú.