Foi divulgado nesta semana o registro de valores mobiliários da Berkshire Hathaway (BERK34), holding do bilionário investidor Warren Buffett. O documento indica os principais aportes da empresa em nomes relevantes do mercado financeiro, como Apple (AAPL34), Coca-Cola (COCA34) e o Nubank (NUBR33).
Já é de conhecimento geral que Buffett colocou US$ 500 milhões na fintech brasileira. Porém, os valores não pararam por aí. Em termos percentuais, o Nubank é a 20ª empresa em que o bilionário tem maior participação.
Ao fim de 2021, a Berkshire Hathaway detinha uma participação de 3,10% na Nu Holdings, nome em registro do roxinho na Bolsa de Nova York. Em valores nominais, o percentual significa um aporte de US$ 1 bilhão em ações classe A do Nubank.
Segundo a Bloomberg, antes do IPO do Nubank, em dezembro do ano passado, a Berkshire Hathaway aumentou sua participação na fintech brasileira para 10% das ações colocadas à venda da oferta inicial.
O Nubank terminou o ano de 2021 avaliado em US$ 32,44 bilhões, após chegar a um pico de US$ 42 bilhões quando abriu capital na Bolsa de Nova York. O preço por ação NU, listada na NYSE, fechou valendo US$ 9,38.
No fechamento desta terça-feira (15), a ação do Nubank valia US$ 9,15.
Os 10 principais investimentos de Warren Buffett
Veja o top 10 de aportes da empresa no quarto trimestre de 2021, em dólares:
- Apple: 157,5 bilhões
- Bank of America: 44,9 bilhões
- American Express: 24,8 bilhões
- Coca-Cola: 23,7 bilhões
- Kraft-Heinz: 11,7 bilhões
- Moody’s: 9,6 bilhões
- Verizon: 8,3 bilhões
- US Bancorp: 7,1 bilhões
- Chevron: 4,5 bilhões
- Bank of New York Mellon: 4,2 bilhões
O Nubank está na 20ª posição em termos percentuais e na 23ª posição em valores nominais de investimentos da Berkshire Hathaway.
Nubank (NUBR33) prevê ainda mais volatilidade, mas está focado no longo prazo, diz agência
O Nubank (NUBR33) observou, no início de fevereiro, uma queda de mais de 20% em suas ações em dois meses desde a abertura de seu capital (IPO). Porém, os donos do banco têm dormido tranquilos com esse barulho porque já previam uma grande volatilidade no curto prazo e eles estão focados no longo prazo, segundo entrevista concedida pelo banco.
“Já vínhamos falando aos investidores durante o IPO que esperassem volatilidade, o Brasil é volátil e a América Latina também”, disse o fundador e presidente do Nubank à agência de notícias Reuters, David Vélez.
No IPO do Nubank, a fintech conquistou o título de sexta companhia mais valiosa da América Latina, chegando a ultrapassar o Itaú (ITUB4) em valor de mercado. Mas com a queda acumulada desde 9 de dezembro, o valor de mercado do roxinho está em US$ 31 bilhões, ante US$ 52 bilhões, e fora da lista das dez maiores empresas da América Latina.
O Nubank foi precificado a US$ 41,47 bilhões no IPO, ou seja, perdeu US$ 10,37 bilhões no meio tempo, acumulando uma queda de 25%.
Veléz aponta ainda que a alta de juros nos Estados Unidos e no Brasil deve afetar ainda mais as ações do Nubank no curto prazo, mas não interromperá a trajetória de longo prazo de crescimento. Isso porque, em sua opinião, os consumidores continuarão a procurar por serviços financeiros melhores e mais baratos.
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