O Nubank (NUBR33), que registrou na última quinta (9) um dos melhores resultados de IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) em Wall Street neste ano, iniciou essa semana tropeçando.
No fechamento do pregão desta segunda (13), as ações da Nu Holding na Bolsa de valores de Nova York (NYSE) caíram 8,31%, ao preço de US$ 10,81. Em sincronia, as ações do Nubank na Bolsa brasileira, negociadas por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) sob o ticker NUBR33, caíram 7,39%, cotadas a R$ 10,65.
Com isso, o maior banco digital da América Latina estreou sua segunda semana no mercado financeiro aquém da performance vivenciada anteriormente, tendo em vista a forte valorização que a fintech obteve em seus primeiros dias de negociação.
Somente nos dois primeiros dias, o banco viu suas ações valorizarem 31,67%. O preço dos seus papéis na NYSE havia saltado de US$ 9 para US$ 11,85.
O movimento de volatilidade, no entanto, pode ser visto como um ajuste de demanda devido ao grande resultado visto em seu IPO. Novos investidores buscam comprar os ativos para surfar na onda, ao mesmo tempo em que os acionistas que já haviam embarcado agora vendem suas posições, com o lucro já obtido.
Nubank fecha semana do IPO com R$ 305,8 bi em valor de mercado
O Nubank terminou sua primeira semana na Bolsa em Wall Street como uma das empresas mais valiosas da América Latina. Os papéis da empresa registraram na sexta-feira (10), alta de 14,71% em Nova York, valendo US$ 11,85. Já na Bolsa brasileira (B3), onde os papéis começaram a ser negociados na forma de BDRs (recibos de ações listadas fora do País), o ganho foi de 14,54%, com cotação a R$ 11,50.
Com a alta da semana passada, o valor de mercado após o IPO do Nubank chegou a US$ 54,6 bilhões (R$ 305,8 bi). No Brasil, somente a Vale (R$ 388 bilhões) e a Petrobras (R$ 400 bilhões) valem mais do que o banco digital. Todos os bancos tradicionais seguem com valor de mercado inferior ao do Nubank, quando comparados na mesma moeda. O mais próximo é o Itaú Unibanco (ITUN4), que vale R$ 205 bilhões.
Na América Latina, o Nubank só é menos valioso do que um seleto grupo de empresas. Ele inclui negócios tradicionais, como a América Móvil, dona da Claro, avaliada em US$ 62 bilhões, mas também o Mercado Livre (MELI34), outra referência para empresas de tecnologia da região, e que vale US$ 61 bilhões.
O Nubank fez, até o momento, a terceira maior oferta de ações do mercado americano em 2021. A instituição fica atrás somente da sul-coreana Coupang e da chinesa Didi, desbancando negócios badalados como o aplicativo de namoro Bumble e a corretora online Robinhood.