Nubank (NUBR33) deixará de ser registrado da B3 (B3SA3); veja o que muda

Nesta quinta-feira (15), após o fechamento do mercado, o Nubank (NUBR33) informou que decidiu que o BDR nível III deixará de ser listado na B3 (B3SA3). O Nubank não quer ser mais registrado na Bolsa brasileira.

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O Nubank se manterá como BDR Nível I,  que fará parte das etapas necessárias para a descontinuidade do programa de BDRs Nível III, segundo o banco digital.

“A proposta para a Descontinuidade do Programa de BDRs Nível III tem como objetivo maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição”, explicou o Nubank em Fato Relevante ao mercado.

“A empresa continua listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), garantindo acesso ao maior mercado de capitais do mundo e cumprindo a supervisão regulatória da SEC (Securities and Exchange Commission), que estabelece os mais altos padrões globais. Paralelamente, o Nubank solicitará o cancelamento de seu registro de emissor estrangeiro no Brasil junto à CVM”, diz a fintech.

Isso significa que, na prática, a fintech deixará de ser companhia aberta no Brasil — mantendo esse status somente nos EUA.

“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis. Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank no Brasil.

“As principais empresas globais de tecnologia – Google, Tesla, Facebook, entre outras – são registradas na SEC e negociam no Brasil via BDRs Nível I. Para apoiar a simetria entre as informações publicamente disponíveis para ambos os mercados, o Nubank se compromete a continuar com a tradução de todos os documentos exigidos pela SEC para português.”

Além disso, o banco digital afirmou que a ação não afeta o “compromisso de longo prazo do Nubank com o Brasil, tampouco com o mercado de capitais brasileiro”.

A saída como BDR Nível III está sujeita à aprovação da B3. Se autorizada, os atuais investidores em NUBR33 terão três opções:

  1.  Manter-se como acionista do Nubank mediante o recebimento de ações ordinárias classe A negociadas na NYSE, na proporção dos BDRs Nível III detidos por cada titular;
  2. Manter-se como detentores de BDRs da companhia mediante o recebimento de BDRs Nível I, na proporção de 1:1 para os BDRs Nível III;
  3.  Realizar a venda dos BDRs ou ativos subjacentes detidos pelo investidor, em bolsa de valores do Brasil ou na dos Estados Unidos.

Depois de aprovada a descontinuidade como BDR Nível II, o Nubank pede que sejam tomadas as providências para o cancelamento do registro do banco perante a CVM como companhia aberta emissora estrangeira de valores mobiliários categoria “A”.

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Nubank adere ao open finance e deve liberá-lo “em breve”

O Nubank aderiu ao open finance, sistema desenvolvido pelo Banco Central de compartilhamento de dados financeiros dos clientes entre as instituições financeiras.

De acordo com a fintech, o recurso está em fase de testes e deve ser gradualmente liberado aos seus 62,3 milhões de clientes no Brasil.

O open finance está em vigor desde o ano passado, mas, de acordo com as regras desenhadas pelo BC, só tinha adesão obrigatória por parte de alguns agentes do setor -grandes bancos, entre eles. Empresas com outros tipos de licença, como o Nubank, têm adesão opcional.

Cotação

Os BDRs do Nubank fecharam esta quinta-feira (15) em alta de 3,48%, cotados a R$ 4,76. As ações do Nubank negociadas em Nova York fecharam em alta de 1,57%, cotadas a US$ 5,51.

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Ana Clara Macedo

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