Nubank (NUBR33) sai da lista de 10 empresas mais valiosas da América Latina; veja motivos

O Nubank (NUBR33) fechou a última sexta-feira (28) em uma nova mínima recorde, com queda de 2,03% na Bolsa de Nova York (NYSE), cotada a US$ 6,75.

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No início da oferta pública de ações (IPO), o banco conquistou o título de sexta companhia mais valiosa da América Latina, chegando a ultrapassar o Itaú Unibanco (ITUB4) em valor de mercado.

Mas com a queda acumulada desde 9 de dezembro, o valor de mercado do roxinho está em US$ 31,109 bilhões e fora da lista das dez maiores empresas da América Latina. O Nubank foi precificado a US$ 41,478 bilhões no IPO, ou seja, perdeu US$ 10,370 bilhões no meio tempo, acumulando uma queda de 25%.

Outras companhias brasileiras que figuram no ranking das dez mais valiosas são a Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Ambev (ABEV), Itaú e Bradesco (BBDC4).

O caso do Nubank é diferente das outras empresas do ranking, por conta da dificuldade que o setor de tecnologia tem passado nas últimas semanas nas listagens de Nova York. As ações de tecnologia estão sofrendo por conta da expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos, e qualquer mudança na taxa altera diretamente o valuation dessas companhias, que muitas vezes é calculado a partir do fluxo de caixa descontado.

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O principal teste para o Nubank no curto prazo deve ser a divulgação de seu primeiro balanço corporativo como empresa de capital aberto, previsto para ocorrer até o final de fevereiro.

Catarina Capital entrou no IPO do Nubank (NUBR33) e já previa grande volatilidade

A Catarina Capital foi na contramão das recomendações dos bancos e casas de análises brasileiras, que diziam para ficarem fora da abertura de capital (IPO) do Nubank (NUBR33), em dezembro do ano passado. A gestora de tecnologia decidiu investir nas ações do banco digital, ponderando, segundo ela, muito mais do que apenas os fundamentos de finanças e de mercado.

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Pensando além da análise de um investidor do dia a dia, a gestora decidiu entrar no IPO do Nubank. Segundo o CEO, Thiago Lobão, os fundos da empresa, focados em tecnologia, já estão acostumados a acompanhar techs no exterior. Por esse motivo, chegaram à conclusão de que a fintech poderia concorrer com outras ações globais, como PayPal (PYPL; NASDAQ).

“Não estamos preocupados apenas com valuation. O Nubank acabou passando pelo nosso crivo pelo seu posicionamento em tecnologia e pela capacidade de tração no mercado”, diz Lobão.

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O portfólio da Catarina Capital é dividido em três áreas de atuação: Venture Capital, Public Equities e Tech Wealth. Além disso, é a primeira gestora a praticar o Venture Capital não apenas em startups, mas diretamente na Bolsa, em escala global, caso do Nubank (NU). A empresa investe diretamente nas ações da fintech em NYSE.

A modalidade de investimentos de venture capital ocorre quando os recursos são aplicados em empresas com expectativas de crescimento rápido e rentabilidade alta. Quando isso se materializa, a companhia passa a valer mais e o fundo pode se retirar do negócio, permitindo que os cotistas resgatem suas partes com lucro.

Com base nesses princípios, a Catarina Capital detém uma participação de 2% a 3% do Nubank e pretende carregar o papel no horizonte de três a cinco anos.

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Victória Anhesini

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