Nubank (NUBR33) tem prejuízo de US$ 66,2 milhões no 4T21; ações sobem no after hours

Em seu primeiro balanço pós-IPO, o Nubank (NUBR33) registrou prejuízo líquido de US$ 66,2 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), uma melhora de 36% frente ao déficit de US$ 103,7 milhões observado no mesmo período de 2020.

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No pregão desta terça (22), as ações do Nubank listadas em Nova York caíram 10,66%, para US$ 8,80, antes da divulgação do balanço financeiro.

Já nas negociações after hours, com os números apresentados, os papéis sobem 6,25%, para US$ 9,35, revertendo parte das perdas do dia. A estimativa do consenso da Refinitiv era de prejuízo líquido de US$ 138 milhões, muito acima do apresentado pelo banco digital

No acumulado de 2021, o Nubank teve um prejuízo líquido de US$ 165,3 milhões, também uma melhora frente o acumulado de 2020, que foi de US$ 171,5 milhões negativos.

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Receitas do Nubank

Entre outubro e dezembro de 2021, a receita líquida do Nubank somou US$ 635,9 milhões, alta de 224,3% na comparação anual, “neutro de efeito cambiais”, destaca o balanço financeiro do Nubank. A receita média mensal por cliente ativo (ARPU) no período foi de US$ 5,6, resultado 71,8% superior ao 4T20.

O roxinho destaca ainda a receita com juros e instrumentos financeiros, que cresceu 390,5% na comparação anual, saindo de US$ 89,6 milhões para US$ 439,5 milhões.

“Esse aumento foi resultado principalmente do crescimento da receita de juros líquida da carteira de crédito ao consumidor, composta de empréstimos pessoais e cartões de crédito. Outro fator que também contribuiu para esse crescimento foi o aumento das taxas de juros no Brasil durante o 4T21”, diz relatório dos resultados do 4T21 do Nubank.

Custos financeiros e despesas operacionais

O custo dos serviços financeiros e transacionais do Nubank no 4T21 somou US$ 409 milhões, um aumento de 224% ante os US$ 122,2 milhões do período de outubro a dezembro de 2020. Em relatório financeiro, o banco afirma que esse custo representou 64,3% da receita do trimestre, comparado a 62,3% no mesmo trimestre do ano anterior.

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Entre os destaques de aumento nos custos está a alta dos gastos com juros e outras despesas financeiras. O aumento foi de US$ 31,4 milhões registrados no 4T20 para US$ 177 milhões no mesmo período de 2021.

As despesas com provisões para perdas de crédito também aumentou fortemente, passando de US$ 53,9 milhões no período de outubro a dezembro de 2020 para US$ 199,6 milhões no mesmo trimestre de 2021.

Em relatório dos resultados do 4T21, o Nubank explica que “o aumento em Juros e Outras Despesas Financeiras foi impulsionado principalmente pelo crescimento das despesas de juros sobre os depósitos de varejo, em razão da alta das taxas de juros no Brasil e da expansão do saldo de depósitos de varejo”.

Já o aumento das despesas com provisão para perdas de crédito “foi devido ao crescimento rápido do Portfólio Sujeito a Ganho de Juros do Nu e à metodologia de provisionamento de perdas de crédito esperadas”.

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Em termos de crédito, a carteira do Nubank atingiu US$ 2 bilhões no fim de 2021, o que corresponde a uma alta anual de 343,5%. Já a inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,5%, subindo de 3,4% no terceiro trimestre de 2021 e de 3,6% no quarto trimestre de 2020.

“Crescimento não veio à custa da qualidade dos ativos”

Desde a sua estreia na B3, BDRs do Nubank caíram de R$ 11,50 para R$ 8,14. desvalorização de 30% - Foto: Divulgação
Fundadores do Nubank: Edward Wible, David Vélez e Cristina Junqueira. Foto: Divulgação do IPO

No balanço financeiro, o fundador do Nubank, David Vélez, afirma que o banco digital teve um forte início como empresa de capital aberto e os planos para o futuro incluem acelerar os esforços para crescer o ecossistema da instituição.

“Mantendo a nossa orientação de longo prazo e sempre colocando os clientes em primeiro lugar, estamos agora acelerando os esforços para crescer o ecossistema poderoso do Nu, aprimorar nossa plataforma bancária digital líder e expandir para novos mercados geográficos de forma a melhorar o acesso financeiro para muitas outras pessoas”, escreve Vélez.

O Nubank encerrou 2021 com 53,9 milhões de clientes – um crescimento de 61,86% na comparação anual. Só no Brasil, a base do roxinho é de 52,4 milhões, no México, 1,4 milhão e na Colômbia, 114 mil. A taxa de clientes ativos ficou em 76,3% no 4T21, aumento de 65,6% frente os últimos três meses de 2020.

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Monique Lima

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